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Whatsapp não pretende alterar limite de destinatários de mensagens no Brasil

24 de Outubro de 2018 às 05:34

O Whatsapp foi usado indevidamente na campanha eleitoral. Crédito da foto: Allan White/ Fotos Públicas

O serviço de mensagens instantâneas Whatsapp não pretende modificar o limite de destinatários que podem receber uma mensagem simultânea no Brasil, informou nesta terça-feira (23) uma porta-voz da companhia em um encontro com jornalistas estrangeiros em São Paulo.

A propósito da polêmica em torno do uso indevido da plataforma na campanha eleitoral brasileira, a vice-presidente de comunicações do Whatsapp, Victoria Grand, explicou que a companhia não pretende modificar até o momento o limite de vinte destinatários que podem receber mensagens simultâneas, nem para mais, nem para menos. "Nos sentimos confortáveis com esse número (20)", afirmou Grand, acrescentando que isso poderá mudar no futuro. Por enquanto, a Índia é o único país com limite de somente cinco destinatários.

Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo publicou uma reportagem que apontou que várias empresas compraram serviços para disparar mensagens em massa a favor do candidato à Presidência do Partido Social Liberal (PSL), Jair Bolsonaro, no WhatsApp, antes do primeiro turno. O caso está sendo investigado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pela Polícia Federal.

Por causa da polêmica, foi recomendada a redução do limite de reenvios no Brasil para controlar a difusão maciça de propaganda e notícias falsas, enquanto Bolsonaro se queixava do limite existente.

Grand lembrou que o Whatsapp trabalha de forma diferente em comparação a outras redes sociais, como o Facebook, no que se refere à detecção de conteúdos falsos e spam, devido à impossibilidade de ver a informação compartilhada por se tratar de uma rede privada.

Matt Jones, porta-voz da equipe anti-spam do Whatsapp, comentou - via teleconferência - que um dos critérios para a detecção de spam é o comportamento anormal marcado pelo alto envio de mensagens em um breve período de tempo. O bloqueio de contas é feito, entre outros motivos, em função dessa detecção.

‘Sabemos que é um momento crítico para o Brasil‘, disse Grand, que contou durante o encontro que outra das frentes de ação da plataforma foi o lançamento de uma campanha educativa para incentivar os usuários a compartilhar informações e não rumores. (AFP)

 

 

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