Votação para a presidência do Senado é anulada
Votação para a presidência do Senado é anulada. Crédito da foto: Divulgação.
A votação para presidência do Senado, que ocorre na tarde deste sábado (2), foi anulada. Ao verificar os votos depositados na urna para a escolha do novo presidente da Casa, os senadores identificaram que havia uma cédula a mais do que o número de senadores votantes.
Foram identificadas 82 cédulas preenchidas, enquanto 81 parlamentares votaram. Houve discussão entre os parlamentares e os fiscais escolhidos pelos partidos decidiram realizar nova votação. O plenário seguiu o entendimento.
Senadores mostram voto
Senadores contrários ao voto fechado mostraram a cédula para o plenário e para fotógrafos presentes na tribuna da Casa ao depositarem seus votos na urna. O ato é passível de punição quando a decisão da Casa é pela votação secreta. Conforme o Código de Ética do Regimento Interno do Senado Federal, abrir o voto pode levar a perda temporária do mandato.
Ainda assim, alguns dos parlamentares estão divulgando seus votos e pedindo a palavra para anunciar a escolha também no microfone. A punição está prevista no item 3 do artigo 10 do Código de Ética, que prevê perda temporária do exercício do mandato se o senador "revelar conteúdo de debates ou deliberações que o Senado ou Comissão haja resolvido devam ficar secretos".
Esta punição, no entanto, somente é efetiva por ação do presidente da Casa ou se algum parlamentar entrar com processo disciplinar contra o senador que quebrou o sigilo. Na etapa seguinte, o Senado formará uma comissão especial para analisar o caso. No limite, o senador poderá enfrentar o Conselho de Ética.
Alguns senadores também estão usando a internet para declarar o voto. Os senadores Lasier Martin (PSD-RS) e Antonio Anastasia (PSDB-MG), por exemplo, usaram o Twitter para declararem voto em Davi Alcolumbre (DEM-AL). (Por Renan Truffi, Mariana Haubert e Camila Turtelli - Estadão Conteúdo)
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