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União vai custear exames para Covid

05 de Setembro de 2020 às 00:01

União vai custear exames para Covid Ministério da Saúde vai repassar valores para exames a Estados e municípios. Crédito da foto: Jorge Guerrero / AFP

O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União de ontem Portaria que institui incentivo financeiro federal de custeio, em caráter excepcional e temporário, para execução de ações de rastreamento e monitoramento de contatos de casos de Covid-19.

Segundo o texto da Portaria, as ações de rastreamento e monitoramento serão para identificar precocemente os casos de Covid-19 e seus contatos. O objetivo da intervenção, diz o texto da portaria é buscar a “interrupção da cadeia de transmissão, a redução do contágio e a diminuição de casos novos de Covid-19”

A portaria também define os valores que serão transferidos para cada município para a realização das testagens. Os recursos serão transferidos do Fundo Nacional de Saúde aos fundos municipais e distritais de saúde.

Insumos

O Ministério da Saúde distribuiu menos de um terço dos 22,9 milhões de exames do tipo RT-PCR, considerados “padrão ouro” para diagnóstico da Covid-19. Até esta quinta-feira, foram 6,43 milhões de unidades enviadas a Estados e municípios da rede pública de saúde, o que equivale a 28% do total. No mesmo período, o governo enviou 8 milhões de testes do tipo rápido -- que localizam anticorpos para a doença, mas não são indicados para diagnóstico --, obtidos por meio de doações.

O principal motivo para os exames já comprados não serem usados é a falta de insumos necessários na primeira etapa, para a coleta e extração do material genético de pacientes. Há 9,46 milhões de unidades estocadas na pasta, número próximo do revelado pelo Estadão no fim de julho (9,85 milhões). O número de cotonetes “swab” e tubos, usados para coleta de amostras, está abaixo do necessário. Os insumos para “extração” do material genético (RNA), segunda fase do processo de testes, também foram entregues em menor quantidade do que o necessário.

O Ministério da Saúde afirma que pretende regularizar a situação, pois contratou 10 milhões de unidades de “extração”, que devem ser distribuídas nos próximos 15 dias. (Estadão Conteúdo)