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Teich faz mudanças no Ministério da Saúde

08 de Maio de 2020 às 00:01

Teich faz mudanças no Ministério da Saúde Crédito da foto: Carolina Antunes / PR (16/4/2020)

O ministro da Saúde, Nelson Teich, exonerou 13 servidores da pasta ontem. As trocas já estavam previstas desde a saída de Luiz Henrique Mandetta (DEM) do cargo de ministro, em 16 de abril, e algumas mudanças foram feitas a pedido dos servidores. A nova gestão tem loteado cargos estratégicos com militares e, dentro da estratégia do Palácio do Planalto de angariar apoio no Congresso, também abre espaço a partidos do Centrão, como PL e PP.

As mudanças esvaziam áreas estratégicas, como as secretarias de Atenção Primária à Saúde (Saps) e de Vigilância em Saúde (SVS). O general Eduardo Pazuello foi nomeado secretário executivo, “número 2” do ministério, e indicou mais de uma dezena de militares ao órgão, que estão sendo nomeados aos poucos. Uma das principais mudanças previstas é a nomeação do coronel Alexandre Martinelli Cerqueira na Diretoria de Logística (DLOG), área responsável por compras do ministério.

Para gestores do SUS ouvidos pelo Estadão, Teich parece “perdido”, sem dar uma diretriz sobre o que pretende fazer no ministério, e “tutelado” pelo Planalto e pela ala militar do governo. O ministro nega a tutela. Em reunião na Câmara dos Deputados, ontem, ele afirmou que é “o líder” do ministério.

Na quarta-feira, Teich disse que a nomeação dos militares não significa interferência direta do governo, mas uma resposta à necessidade de execução de trabalho em curto espaço de tempo e de forma organizada.

Teich disse também que militares deixarão cargos estratégicos do órgão após o “tempo de guerra” de enfrentamento à Covid-19. “Essas pessoas não são definitivas. Conforme a situação voltar ao normal, essas pessoas vão voltar a seus lugares e pessoas não militares vão ser colocadas”, disse o ministro. “Esse momento é de guerra.”

Visita ao Rio

Teich visitará o Rio de Janeiro hoje, onde fará reunião com o governador Wilson Witzel (PSC) para tratar da crise causada pelo avanço da Covid-19. O Estado registrou 13.295 casos e 1.205 óbitos pela doença até quarta-feira, 6. O Rio de Janeiro tem seis hospitais federais. (Estadão Conteúdo)