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Tacio Muzzi deve assumir a superintendência da PF no RJ

07 de Maio de 2020 às 00:01

Escolha foi feita por Rolando Alexandre.Crédito da foto: Isac Nóbrega / PR

O delegado Tacio Muzzi deve assumir a Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro após o atual chefe da corporação fluminense Carlos Henrique Oliveira ser convidado por Rolando Alexandre de Souza para a direção-executiva da PF. Atualmente Tacio Muzzi é delegado Regional Executivo da PF do Rio e já atuou interinamente à frente da corporação fluminense durante uma crise no ano passado. Além disso, coordenou trabalhos de repressão à criminalidade econômica e crime organizado e acumula passagem pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Mineiro e doutor em Direito Empresarial pela Universidade Federal de Minas, Muzzi foi diretor-Geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e diretor-adjunto do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgãos ligados ao MJSP.

Um dos primeiros atos do novo chefe da PF, após sua posse na segunda, foi trocar o comando da superintendência da corporação no Rio. A promoção de Oliveira foi vista por delegados como uma forma “estratégica” de mudar o comando da PF fluminense.

A troca da superintendência, área de interesse do presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, chegou até a entrar no radar dos investigadores que apuram suposta interferência do presidente da República na corporação. A decisão de Rolando é argumento em ação que pede a suspensão imediata de sua nomeação.

Ao anunciar sua saída do governo Jair Bolsonaro, Moro acusou o presidente de suposta interferência política na PF envolvendo trocas na Diretoria-Geral e em superintendências regionais da corporação.

Gravação

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, mandou na terça-feira, 5, o Planalto apresentar, em 72 horas, as cópias das reuniões entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o primeiro escalão do governo citadas pelo ex-ministro Sergio Moro em depoimento à Polícia Federal e que comprovariam as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça.

Moro relatou à PF que o presidente da República retomou a cobrança pela troca de comando da PF, algo que vinha fazendo desde janeiro deste ano, em reunião ministerial no dia 22 de abril - dois dias antes do ex-juiz anunciar sua demissão. (Estadão Conteúdo)