Suposto vazamento na PF é investigado
Crédito da foto: Emídio Marques (24/10/2019)
O Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal instaurou um Procedimento Investigatório criminal (PIC) para apurar os supostos vazamentos da Polícia Federal na Operação Furna da Onça. O MPF também requereu à Justiça Federal o desarquivamento de inquérito que apurou suspeitas de que informações privilegiadas foram vazadas. A investigação fora arquivada após a PF afirmar que não encontrara evidências de crimes.
Suplente do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o empresário Paulo Marinho afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que em 2018 ouviu do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro que ele teria recebido informações sigilosas de um delegado da Polícia Federal sobre investigações envolvendo seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Isso teria ocorrido pouco após o primeiro turno das eleições daquele ano. Ainda segundo Marinho, membros da Superintendência da PF no Rio adiariam a Operação Furna da Onça para não prejudicar a disputa de Jair Bolsonaro contra Fernando Haddad (PT), no segundo turno de 2018
Para o procurador da República Eduardo Benones, “há notícias de novas provas que demandam atividade investigatória”. Marinho, que participou da campanha de Bolsonaro em 2018, será chamado a depor no PIC e, a pedido da Procuradoria, ganhará segurança policial antes e depois do depoimento. (Estadão Conteúdo)