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Número de mortos no desastre em Brumadinho chega a 60, revela boletim

28 de Janeiro de 2019 às 11:32

A lama atingiu a área administrativa da Vale e a comunidade da Vila Ferteco. Crédito da foto: Mauro Pimentel/ AFP

Um novo boletim sobre as vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) foi divulgado por volta das 10h30 desta segunda-feira, 28. De acordo com o levantamento, o número de mortos subiu para 60, dos quais 19 foram identificados.

O balanço informa ainda que há 292 pessoas desaparecidas, entre empregados próprios e terceirizados da Vale e a comunidade, e 382 pessoas foram localizadas. Até o momento, 192 pessoas foram resgatadas. Os dados são da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das polícias militar e civil.

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A barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, localizada em Brumadinho, se rompeu na tarde de sexta-feira, 25. A onda de rejeitos de minério de ferro atingiu a área administrativa da empresa e a comunidade da Vila Ferteco.

O rompimento ocorreu na Barragem 1, que foi construída em 1976 e tinha volume de 12,7 milhões de m³. Segundo a Vale, a barragem tinha encerrado as atividades há cerca de três anos, pois o beneficiamento do minério na unidade é feito à seco.

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Número deve aumentar

O número de mortos deve aumentar ainda mais porque as equipes de busca localizaram um segundo ônibus submerso em meio à lama de rejeitos. O acesso ao local, entretanto, ainda não é possível. “Não temos confirmação do número de mortos que vamos encontrar no interior desse veículo”, informou o porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara.

Segundo ele, uma vez que o acesso ao ônibus for aberto, as equipes precisam estabilizar o local com tapumes e fazer o escoramento correto para só então dar início à retirada das vítimas. “Se não, no momento em que a gente está acessando, pela própria característica da lama, às vezes, ela invade [o ônibus] e não possibilita o trabalho”, explicou. No último sábado (28), um primeiro ônibus foi encontrado soterrado na lama e sem sobreviventes.

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Tragédia pode se tornar o maior acidente de trabalho do País

O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o rompimento da barragem em Brumadinho (MG) pode ser considerado o maior acidente de trabalho da história do País, caso o número de mortos ultrapasse 69 - total de trabalhadores que morreram no desabamento do pavilhão de exposições do Parque da Gameleira, em Belo Horizonte, em 1971.

"Esse (de Brumadinho), infelizmente, parece que vai se sobrepor (ao de BH)."  Uma força-tarefa do Ministério Público do Trabalho em Minas foi criada para acompanhar o caso. A primeira medida a ser adotada pelo grupo é assegurar o pagamento de salário aos trabalhadores sobreviventes e às famílias dos desaparecidos até que sejam encontrados. Entre as medidas que podem ser adotadas depois, estão indenizações individuais e por danos morais coletivos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.  (Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo)  

 

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