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Sérgio Moro deve integrar equipe de transição do novo governo

06 de Novembro de 2018 às 18:55

Sérgio Moro O juiz vai comandar o superministério da Justiça - Crédito da foto: Pedro de Oliveira/ALEP

O juiz Sérgio Moro, indicado para o Ministério da Justiça e Segurança Pública pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, deverá fazer parte da equipe de transição, que começou a trabalhar na segunda-feira (5), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. A informação é da assessoria da equipe de transição.

Os primeiros nomes da equipe, que terá 50 integrantes remunerados, foram divulgados na segunda-feira (5). O nome de Moro, porém, deverá estar em uma das últimas listas - ainda não há confirmação de data de publicação. O juiz está de férias e embarca quarta-feira (7) para Brasília para as primeiras reuniões com o futuro governo.

Assassinato de Marielle e Anderson 'tem que ser solucionado', diz Moro

O juiz federal Sérgio Moro afirmou nesta terça-feira (6) que, assumindo o Ministério da Justiça e da Segurança Pública do Governo Bolsonaro (PSL), vai ver "o que é possível fazer" no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março. O crime não foi esclarecido até hoje.

"Não desconheço o problema que envolve o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do sr Anderson Gomes, acho que é um crime que tem que ser solucionado. Assumindo o Ministério, pretendo me inteirar melhor dessas questões e ver o que é possível fazer no âmbito do Ministério", declarou.

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Em 1º de novembro, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou que a Polícia Federal vai investigar a existência de um grupo criminoso articulado para atrapalhar e impedir as investigações do assassinato da vereadora de seu motorista. O ministro solicitou a instauração de inquérito policial para apurar o envolvimento de agentes públicos, milicianos e contraventores que estariam atuando em conjunto.

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O pedido de atuação da PF foi feito na quinta, 1, pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, com base em depoimentos de duas pessoas que estariam ligadas ao crime. "As denúncias são extremamente graves, precisam ser investigadas", afirmou Jungmann. O ministro, no entanto, não quis dar informações sobre quem seriam essas pessoas e qual o grau de confiabilidade dos testemunhos. Ele disse apenas que os depoimentos foram dados há um mês a procuradores federais.

No Governo Bolsonaro, o juiz vai assumir uma pasta ampliada e com órgãos de combate à corrupção que estão atualmente em outros ministérios. Desde que aceitou o cargo de superministro da Justiça, Moro tem conversado com aliados e estudado os dados sobre a pasta, que volta a abrigar a Polícia Federal, que foi retirada em 2017 por decisão do presidente, Michel Temer (MDB), que criou a Secretaria Especial de Segurança Pública - que será fundida. (Estadão Conteúdo)