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Queiroz estava há cerca de um ano em imóvel do advogado de Bolsonaro, diz polícia

18 de Junho de 2020 às 10:52

O delegado da Polícia Civil de São Paulo Osvaldo Nico Gonçalves de u detalhes sobre a prisão. Foto: Willian Moreira / Futura Press / Estadão Conteúdo (18/6/2020)

Ex-assessor de gabinete do senador Flávio Bolsonaro quando este era deputado estadual, Fabrício Queiroz estava há mais de um ano em um imóvel pertencente ao advogado da família do senador. De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o imóvel em Atibaia, cidade do interior de São Paulo, é do advogado Frederick Wassef, que representa inclusive o presidente da República, Jair Bolsonaro.

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Segundo confirmou o delegado da Polícia Civil de São Paulo Osvaldo Nico Gonçalves, os caseiros do imóvel afirmaram, durante a operação, que o ex-assessor estaria na residência há cerca de um ano. Em setembro passado - quando, segundo a polícia, o ex-assessor já estaria no imóvel do advogado -, Wassef negou saber sobre o paradeiro de Queiroz, durante uma entrevista à jornalista Andreia Sadi, na GloboNews.

Wassef representou Jair Bolsonaro em casos recentes, como no caso Adélio Bispo, após a facada sofrida pelo presidente durante a campanha de 2018, e no caso envolvendo o porteiro do condomínio do presidente.

'Prisão tranquila'

A prisão de Queiroz foi "tranquila", segundo o delegado Nico Gonçalves, da Divisão de Capturas da Polícia Civil. O mandado cumprido, segundo a Polícia Civil de São Paulo, foi de prisão preventiva, determinada pela Justiça do Rio. Queiroz teve a prisão lavrada em São Paulo, mas será transferido até o fim desta manhã para o Rio, onde será ouvido. Também foi expedido um mandado de prisão contra a ex-mulher de Queiroz, Márcia Aguiar.

O ex-assessor vinha sendo monitorado por investigadores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Polícia Civil de São Paulo há meses, segundo policiais civis. Após sua detenção, ele fez exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal, no centro de São Paulo, e levado para o Palácio da Polícia, onde assinou documentos da prisão. (Estadão Conteúdo)