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Queiroga diz que meta é vacinar 1 milhão por dia

25 de Março de 2021 às 00:01

Queiroga diz que meta é vacinar 1 milhão por dia Novo ministro da Saúde descartou opção por lockdown. Crédito da foto: Evaristo Sá / AFP

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ontem (24), durante coletiva de imprensa realizada na Esplanada dos Ministérios, que será possível triplicar o ritmo atual de vacinação -- hoje na casa das 300 mil doses por dia -- para chegar a cerca de 1 milhão de doses aplicadas diariamente.

“O compromisso número um do nosso governo é a implementação de uma forte campanha de vacinação. Todos sabem o esforço que foi feito para buscar vacinas. Hoje sabemos que 95% da população brasileira deseja ser imunizada. E nós, agentes públicos, temos que envidar esforços para que o programa de vacinação tenha concretude”, declarou Queiroga.

Quando perguntado sobre medidas não farmacológicas, o novo titular do ministério descartou lockdown como uma resposta para conter a disseminação do vírus e citou outras formas de distanciamento.

“Quem quer o lockdown? Ninguém quer lockdown. O que temos do ponto de vista prático é adotar medidas sanitárias eficientes que evitem lockdown. Até porque a população não adere. A vacina é importante, mas precisamos usar máscaras, precisamos manter um certo distanciamento. Vamos buscar maneiras de disciplinar o distanciamento social”, disse.

Questionado sobre o endosso do Ministério da Saúde a protocolos off-label -- o uso de medicamentos e substâncias para tratamentos que não constam em bula --, Queiroga reiterou a importância da autonomia médica em relação aos pacientes, e lembrou que o conhecimento científico é dinâmico e está constantemente em revisão. “Esta doença, que não tem tratamento específico, tem vários estudos que ainda não mostraram eficácia, como a Anvisa atesta. O que precisamos alertar é que o conhecimento científico é dinâmico. No passado, se dizia ‘fica em casa e vai para o hospital quando tiver falta de ar’. A ciência evoluiu e vimos que precisamos atender o paciente precocemente. Compete ao médico, com sua autonomia, decidir caso a caso”, respondeu. (Agência Brasil)