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Programa Mais Médicos não precisava de profissionais cubanos

24 de Novembro de 2018 às 20:01

Bolsonaro diz que o programa Mais Médicos "destruiu famílias" cubanas. Crédito da foto: Fernando Souza / AFP

Mais de 92% das vagas antes ocupadas por médicos cubanos já foram preenchidas, e por médicos com diploma reconhecido. De acordo com balanço do Ministério da Saúde divulgado na sexta-feira (23), são 25.901 inscritos com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) no Brasil, sendo 17.519 já efetivados, 7.871 que estão disponíveis para atuação imediata e o restante aguardando confirmação de documentos.

De acordo com o site O Antagonista, diante dos números apresentados pelo Ministério da Saúde e a rapidez com que as vagas foram preenchidas, foi lorota a história de que o Brasil precisava de Cuba para oferecer assistência médica à população. Ainda, conforme o site, teria sido apenas uma forma de o governo do PT transferir mais de 7 bilhões de reais à ditadura comunista de Cuba, um valor maior do que o prejuízo oficial da Petrobras com o petrolão.

O Antagonista informa, também, que a imprensa que disse que faltariam médicos para os pobres, por causa da oposição de Bolsonaro ao acordo com Cuba, tem de pedir desculpa; e o PT tem de ser investigado por mais esse esquema, que também tirou empregos de milhares de brasileiros.

Neste sábado (24), durante coletiva à imprensa, após participar de uma cerimônia de aniversário de 73 anos da brigada da Infantaria de Paraquedista, na Vila Militar, em Deodoro, zona oeste do Rio, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse que o programa Mais Médicos "destruiu famílias" cubanas também.

"Há muitos cubanos que têm famílias lá em Cuba e já constituíram famílias aqui. Esse projeto destruiu famílias. Também tem muita mulher cubana que está aqui há um ano sem ver o seu filho. Isso é mais do que tortura, é um ato criminoso praticado pelo governo de Cuba e pelo desgoverno do PT", afirma.

Bolsonaro afirmou que o Brasil não pode deixar pessoas vivendo em regime "de semiescravidão", referindo-se ao programa. "Qualquer um de fora que trabalhe aqui tem de ser submetido às mesmas leis que vocês. Não podem confiscar salários, afastar famílias", declara.

O presidente eleito ressaltou também que o governo do presidente Michel Temer (MDB) está fazendo uma seleção para preencher as vagas deixadas por médicos cubanos. "Praticamente, já temos o número suficiente", afirma.

Na quinta-feira (22), os médicos cubanos começaram a deixar o Brasil em voos de volta para Havana, a partir do Aeroporto de Brasília. (Da Redação, com informações do O Antagonista e Estadão Conteúdo)