Presidente publicou vídeo com o ministro da saúde, nesta quinta-feira (22). Crédito da foto: Reprodução Internet

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que sua decisão de cancelar o protocolo de intenção de compra da vacina chinesa Coronavac foi motivada por uma questão de “credibilidade” e “confiança”. Em entrevista à rádio Jovem Pan, o mandatário citou que a China tem um “descrédito muito grande” por parte da população e que existem outras vacinas mais confiáveis, que, contudo, ainda precisam de uma comprovação científica. As afirmações foram dadas na noite de quinta-feira.

“A da China lamentavelmente já existe um descrédito muito grande por parte da população. Até porque, como muito dizem, este vírus teria nascido lá”, disse. Bolsonaro afirmou que não tomará uma vacina chinesa, independentemente de uma possível determinação sobre sua obrigatoriedade. “Eu não tomo a vacina. Não interessa se tem uma ordem, seja de quem for, aqui no Brasil para tomar a vacina. Eu não vou tomar a vacina.”

O chefe do Executivo também afirmou que sua relação com o ministro Eduardo Pazuello, da Saúde, segue “sem problema nenhum”, mas destacou que o ministro tomou uma decisão precipitada. “Uma decisão tão importante, eu devia ser informado”, disse.

Nesta quinta-feira (22), Bolsonaro publicou um vídeo com o ministro em suas redes sociais desmentindo existir desavenças entre eles. “É simples assim: um manda e o outro obedece”, resumiu Pazuello. Bolsonaro negou haver pressão da ala militar do governo para que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, general do Exército, vá para a reserva.

Vacinas

O protocolo de intenções para a aquisição de doses da Coronavac foi assinado pelo Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, do Estado de São Paulo, na terça-feira, 20. Um dia depois, Bolsonaro falou que não iria comprar o imunizante e mandou cancelar o protocolo.

Bolsonaro garantiu ainda que o militar seguirá no cargo de ministro. ‘Conversei agora há pouco por zap com Pazuello, sem problema nenhum, meu amigo de muito tempo, ele continuará ministro. Ouso dizer que é um dos melhores ministros da Saúde que o Brasil já teve nos últimos anos‘, declarou. (Estadão Conteúdo)