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Prefeitura de São Paulo adia Carnaval de 2021

24 de Julho de 2020 às 23:43

Carnaval de rua na capital paulista Carnaval de rua em São Paulo em 2020. Crédito da foto: Edson Lopes Junior / Prefeitura de São Paulo

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou ontem o adiamento do Carnaval e o cancelamento de eventos tradicionais, como a Marcha para Jesus e a Parada LGBTQI+, por causa da pandemia do novo coronavírus.

A nova data para o Carnaval ainda não foi definida. O prefeito informou que os festejos só deverão ocorrer a partir de maio, evitando o mês de junho para não coincidir com as festas de São João, muito concorridas no nordeste do País. As datas mais prováveis para o Carnaval seriam o fim de maio ou o início de julho.

“Batemos o martelo e estamos adiando o Carnaval do ano que vem”, disse Covas, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. “Tanto as escolas de samba quanto os blocos carnavalescos entenderam a inviabilidade de realização do carnaval em fevereiro do ano que vem”, acrescentou o prefeito.

O adiamento dos desfiles e demais festejos carnavalescos vale para a capital.

Segundo Covas, no ano passado, o carnaval atraiu 120 mil pessoas para o sambódromo paulistano, gerando R$ 227 milhões para a prefeitura. Já o Carnaval de rua juntou, durante três fins de semana, 15 milhões de pessoas, gerando R$ 2,75 bilhões.

Na semana passada, Covas já havia suspendido as celebrações do réveillon na Avenida Paulista, também por causa da doença. A Marcha havia sido adiada para novembro, mas segundo Covas os organizadores desistiram da ideia.

Covas fez o anúncio no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, ao lado do governador João Doria (PSDB), enquanto os dois conduziam uma entrevista coletiva para dar informes sobre a situação da pandemia no Estado. A prova da Fórmula 1 na cidade teve o cancelamento, adiantado pelo Estadão, confirmado nesta sexta.

‘Apesar de a cidade sempre estar evoluindo no Plano São Paulo, ainda estamos enfrentando a pandemia‘, disse Covas. ‘Tanto as escolas de samba quanto os blocos carnavalescos entenderam a inviabilidade da realização do carnaval em fevereiro‘, disse o prefeito.

O carnaval deste ano ocorreu às vésperas da chegada da pandemia na capital. Em 2020, segundo dados da Prefeitura, o público (flutuante) dos blocos de rua chegou a uma soma de 15 milhões de pessoas, isso sem contar os blocos pré e pós-carnaval.

Covas já havia se reunido com dirigentes das escolas de samba e com coordenadores dos principais blocos de rua da cidade nesta semana, quando a possibilidade de adiar a festa havia sido apresentada. A avaliação é que é praticamente impossível adotar protocolos de segurança para os foliões, o que não deixou outra alternativa senão postergar o evento até ser possível realizá-lo sem correr o risco de provocar nova onda de infecções. (Estadão Conteúdo)