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PF faz operação contra fraudes no auxílio emergencial em São Paulo

08 de Setembro de 2020 às 08:51

Polícia Federal faz operação contra fraudes no auxílio emergencial em São Paulo. Crédito da Foto: Divulgação / PF

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (8) uma operação contra fraudes no auxílio emergencial em São Paulo. Dentro da operação, denominada Parasitas, 18 agentes cumprem dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão na capital paulista.

A ação visa combater fraudes relativas a saques indevidos do benefício social auxílio emergencial ocorridas, principalmente, na zona sul de São Paulo. A organização criminosa, segundo a PF, envolve agentes públicos que usavam dados do CadÚnico, um conjunto de informações sobre as famílias brasileiras em situação de pobreza e extrema pobreza, para solicitar o benefício federal de forma irregular.

Segundo a PF, os agentes públicos eram cooptados pela associação criminosa para alterarem os dados de pessoas de baixa renda constantes do referido sistema de cadastramento, em especial, os nomes das mães e endereços. Com isso, os membros da associação criminosa ligavam no canal de atendimento da Caixa Econômica Federal e solicitavam o encaminhamento dos cartões cidadãos para os endereços fictícios.

Com a ajuda de um carteiro dos Correios, esses cartões chegavam à posse dos membros da associação criminosa, que realizavam os saques indevidos dos benefícios em diversas agências bancárias de São Paulo. A investigação da Polícia Federal apontou que os saques eram realizados no exato dia e na primeira hora em que os benefícios eram liberados para evitar que os reais beneficiários identificassem as fraudes a tempo e os benefícios fossem bloqueados.

A estimativa é que a associação criminosa tenha se apropriado de, pelo menos, 45 auxílios emergenciais, prejudicando pessoas de baixa renda que efetivamente necessitam do benefício para suportar os efeitos adversos da pandemia. A Polícia Federal também identificou que as fraudes eram realizadas em outros programas sociais, como seguro desemprego e bolsa família há cerca de quatro anos. Os investigados irão responder por furto qualificado e associação criminosa, podendo pegar até 11 anos de prisão se condenados. (Da Redação, com informações da Polícia Federal)