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PF cumpre mandados de prisão, busca e apreensão no DF e Roraima

29 de Novembro de 2018 às 14:22

Com apoio do Ministério Público de Roraima, a Polícia Federal deflagrou hoje (29) a Operação Escuridão, para desarticular organização criminosa envolvida em desvios de recursos públicos do sistema penitenciário do estado, calculado em R$ 70 milhões, no período de 2015 e 2018.

De acordo com informações divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo, o filho da governadora de Roraima, Suely Campos (PP), o empresário Guilherme Campos foi preso durante a operação. Também teriam sido presos os ex-secretários de Justiça e Cidadania do estado, Ronan Marinho e Josué Filho.

São investigados políticos e servidores. Os policiais federais cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão em Boa Vista, capital de Roraima, e Brasília. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Roraima.Instaurado no ano passado, o inquérito policial foi precedido por investigações de supostas irregularidades em contratos de fornecimento de alimentação para presídios em Roraima. Segundo as apurações, o esquema começou em 2015, com a contratação emergencial de uma empresa constituída há apenas oito dias para cuidar da alimentação dos presos no estado.

Detalhes

As investigações mostram que a empresa, responsável pelos fornecimentos desde 26 de fevereiro de 2015 até os dias atuais, mostrando a superfaturamento do valor da alimentação, além de informar quantitativo superior de refeições ao que era efetivamente providenciado e de fornecer alimentos de baixa qualidade.

Os responsáveis pela empresa, que está em nome de laranjas, realizaram saques de aproximadamente 30% do valor dos contratos, em espécie, para o pagamento de propinas e para o enriquecimento ilícito dos reais proprietários do negócio.

Vários saques e repasses foram constatados pela PF por meio de filmagens feitas durante as investigações, que contou também com provas obtidas após representação da autoridade policial pela quebra do sigilo bancário e telefônico dos investigados.

O nome escuridão da ação policial é uma alusão à nona praga bíblica do Egito, que veio após um ataque de gafanhotos. (Com Agência Brasil)