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Perfil de autor de atentado tem indícios de uma personagem preocupada com conspirações

06 de Setembro de 2018 às 19:33

Suspeito (sem camisa) de ter esfaqueado o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, é detido por seguranças e policiais. Bolsonaro foi atingido. Crédito da foto: Guilherme Leite/Folhapress

 

Em um perfil de rede social com o nome de Adélio Bispo de Oliveira e com a foto de alguém com o mesmo rosto do homem acusado de atacar Jair Bolsonaro, há indícios de uma personagem preocupada com conspirações (o perfil no Facebook começou a receber ataques logo que se divulgou o nome do suspeito; por volta das 18h25, todas as postagens desapareceram). A maioria dos posts deste ano, pelo menos, trata de supostas maquinações maçonaria, que controlaria empresas e seria representada por vários políticos de direita no Brasil.

O autor dos posts frequentemente se diz autor de planos que foram apropriados por políticos ("é meu plano de 2015?"). Ataca vez e outra Bolsonaro e pelo menos uma vez, seu vice, o general Mourão, outro integrante da maçonaria. Em algumas publicações, aparece em manifestações a favor de Lula. Escreve contra a desnacionalização de empresas. Defende o fim do estado laico e sugere lei que transforme o Brasil em estado cristão; publica textos e imagens desfavoráveis a homossexuais (um contra a Parada Gay, por exemplo). No comentário a um vídeo do ditador da Venezuela, parece defender o "comunismo" e ataca a "direita maçônica".

Propõe projetos como a da criação de novas cidades racionais no país, que poderiam ser habitadas por solteiros (que, lembra em post de 3 de agosto, seriam a maioria do eleitorado catarinense, perfil de eleitor que não recebe a atenção de candidatos). Argumenta ou explica situações com base em números ou algo parecido com numerologia. Discute ou apresenta desenhos animados que teriam mensagens subliminares. (Folhapress/ Vinícius Torres Freire)