País tem 141 óbitos por Covid-19 em 24h segundo o Ministério da Saúde
Os números atualizados foram divulgados em coletiva diária do Ministério da Saúde. Crédito da foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Pelo terceiro dia consecutivo, o Brasil registrou novo recorde de mortes decorrentes do novo coronavírus em um único dia. Da quarta-feira até esta quinta-feira (9), foram 141 óbitos. No total, 941 pessoas foram vítimas da doença no País. O número total de casos oficialmente confirmados subiu de 15.927 para 17.857 casos, um aumento de 12% em apenas 24 horas.
Há pessoas infectadas em todos os Estados brasileiros. Só Tocantins não registrou morte por Covid-19 até este momento. A cidade de Fortaleza registra hoje o maior número de incidência de casos no País - são 43,9 confirmados para cada 100 mil habitantes.
São Paulo tem 40,4 casos para cada 100 mil pessoas. Esse volume, entretanto, está diretamente associado à quantidade de testes de coronavírus feitos nas cidades, portanto ainda não expressam um comportamento preciso sobre a situação geral, embora sirvam de indicador para que o Ministério da Saúde oriente suas ações de apoio à saúde local.
O Brasil registrou na terça-feira, dia 7, pela primeira vez desde o início da pandemia, mais de cem mortes pela Covid-19 em um dia. A tendência, segundo o Ministério da Saúde, é que esses recordes sejam superados dia após dia, com a escalada das contaminações pelo País esperada para as próximas semanas.
O aumento dos casos depende diretamente da capacidade de testes do governo, algo que tem enfrentado problemas críticos para ser executado. Os testes em massa da população permitem que setor de saúde do País, público e privado, se planeje e organize uma estrutura capaz de atender os pacientes com suprimentos, estrutura de leitos e apoio médico.
A avaliação técnica do Ministério da Saúde continua a mostrar que o Brasil não está com nenhuma condição adequada neste momento, envolvendo insumos médicos, estrutura hospitalar e capacidade de atendimento.
O planejamento do Ministério da Saúde conta com 22,9 milhões de testes, adquiridos ou doados, incluindo os testes moleculares, que são mais precisos no resultado, e os testes rápidos (sorológicos). Ocorre que, até agora, só há previsão de entrega para 9,183 milhões. Para as demais 13,7 milhões de unidades, o prazo é uma incógnita.
O boletim da Covid-19 desta quinta-feira (9) informou ainda que, desses 9,183 milhões de testes com programação de entrega confirmada, apenas 904.872 unidades já foram entregues, sendo 500 mil unidades do teste rápido e 404.872 unidades do teste molecular, também conhecido pela sigla RT-PCR. A remessa integral só deve ser concluída no fim de julho.
Na prática, o Ministério recebeu apenas 9,9% desta parcela de testes com entrega programada. Em abril, a previsão é de que mais 525 mil testes moleculares serão entregues. Três remessas de 1 milhão de testes cada estão programadas para maio, junho e julho. (André Borges e Vinicius Valfré -- Estadão Conteúdo)