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Onyx é confirmado na Secretaria-Geral

09 de Fevereiro de 2021 às 00:01

Onyx é confirmado na Secretaria-Geral A mudança de Onyx não significa, segundo Bolsonaro, que haverá reforma ministerial. Crédito da foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil (10/11/2020)

O presidente Jair Bolsonaro confirmou ontem (8) que o atual ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, deverá assumir a vaga de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. A mudança já era esperada e dada como certa por auxiliares do governo. Apesar da troca, Bolsonaro afirmou que “não existem” planos de realizar uma reforma ministerial para acomodar aliados.

“Onyx vai para a Secretaria-Geral da Presidência”, confirmou Bolsonaro em entrevista ao apresentador José Luiz Datena. A mudança marcará o retorno de Onyx ao Palácio do Planalto, que já ocupou a cadeira de ministro da Casa Civil. “Não existe isso (reforma ministerial)”, garantiu. Bolsonaro rebateu críticas sobre ter negociado apoio de partidos do Centrão em troca de cargos no governo. “Não é hora de trocarmos ninguém aqui para atender interesses políticos”, disse.

O presidente também negou ter liberado emendas parlamentares em troca de apoio. O chefe do Executivo lembrou que as emendas são “impositivas”. Apesar disso, é o governo federal quem decide quando liberar os recursos. Como o Broadcast/Estadão mostrou, em janeiro, mês anterior às eleições para a presidência da Câmara e do Senado, houve liberação recorde de emendas parlamentares.

Além disso, o Estadão revelou que R$ 3 bilhões em recursos extras foram liberados para deputados e senadores, negociados pela Secretaria de Governo. A destinação dos recursos foi uma das formas do Planalto garantir apoio para Arthur Lira (PP-AL), eleito presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente escolhido no Senado.

Ontem, Bolsonaro também voltou a citar que tinha problemas com o presidente anterior da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Com a eleição de aliados, Bolsonaro espera destravar a agenda econômica, a pauta conservadora, além de afastar o fantasma do impeachment. (Emilly Behnke e Daniel Galvão - Estadão Conteúdo)