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O DIA DO CAÇADOR

30 de Novembro de 2018 às 02:49

Nesta quinta-feira (29), as polícias Federal e Civil prenderam o governador e dois secretários do Rio, dois ex-secretários de Saúde do Distrito Federal, dois ex-secretários de Justiça e Cidadania e o filho da governadora de Roraima; desarticularam uma quadrilha do tráfico internacional de droga que operou R$ 1,4 bilhão em três anos, e apreenderam uma listagem com os nomes de todos os integrantes do PCC no País todo.

Ministro do TCU é acusado de fazer 'parceria' em crimes de investigados, diz Ministério Público Federal

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes é acusado de fazer uma espécie de “parceria” com suspeitos denunciados na Operação Zelotes pelos procuradores da República do Ministério Público Federal (MPF). A informação é do UOL.

A denúncia foi apresentada nesta sexta-feira (30), pelo MPF. A acusação ainda faz menções ao deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), ex-diretor jurídico do grupo de comunicação RBS, em um suposto esquema de corrupção para evitar que a empresa pagasse uma multa de mais de meio bilhão de reais à Receita Federal.

Pezão foi vice-governador do Rio na gestão Sérgio Cabral entre 2007 e 2014. Crédito da foto: Agência Brasil

Com Pezão preso, fica exposta a política 'arrasada' no Rio

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (29), sob a acusação de suceder ao ex-governador Sérgio Cabral em um esquema de corrupção operado de dentro do Executivo estadual.

A prisão do governador expôs um cenário de "terra arrasada" nos poderes políticos do Rio. Além do atual governador e de Cabral, dez deputados estaduais estão encarcerados - incluindo dois ex-presidentes da Assembleia Legislativa (Alerj), Jorge Picciani e Paulo Melo.

Estão presos também cinco conselheiros do Tribunal de Contas (TCE), vários ex-secretários e um ex-procurador-geral do Ministério Público estadual, Claudio Lopes.

Operações policiais iniciadas em 2016 desmantelaram a elite que dominava a política fluminense desde 1995. Outros dois ex-governadores - Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho - passaram pela cadeia há aproximadamente um ano suspeitos de crime eleitoral.

A Operação Boca de Lobo cumpriu mandados logo no início da manhã de quinta. Pezão recebeu a ordem de prisão no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador. Antes de ser levado para a sede da Polícia Federal (PF), ele pediu para tomar um banho e comer o café da manhã, informou a GloboNews.

De acordo com as investigações, Pezão teria recebido R$ 39,1 milhões de propina em valores atualizados. Como a prisão é preventiva, Pezão deve ficar detido por tempo indeterminado. Ele é investigado pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção.

Outras operações da Polícia Federal - Calicute, Cadeia Velha e Quinto do Ouro, por exemplo - já tinham ajudado a implodir esquema de corrupção que, segundo as investigações, dominou a política fluminense por mais de 20 anos.

Sua origem seria a Assembleia do Estado, a partir do primeiro mandato de Cabral na presidência da Casa. Foi ali que o grupo agora alvo das ações policiais lado começou a agir.

Conforme o Ministério Público Federal, o esquema envolveu vários partidos - Cabral inicialmente era do PSDB, depois foi para o PMDB, hoje MDB - e cresceu durante todos os governos desde 1995. Os Garotinho foram presos por supostas irregularidades em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, mas também foram aliados de Cabral, até romperem com ele, em 2007. Foi quando o emedebista assumiu a máquina estadual, com Pezão como vice.

De acordo com as investigações, o esquema também atingiu o Tribunal de Contas do Estado e a Procuradoria-Geral de Justiça, envolvendo o pagamento regular de propinas. Com os mecanismos de controle sob domínio da organização criminosa, os desvios se intensificaram, afirmam os investigadores.

O dinheiro farto também facilitava o financiamento de campanhas eleitorais e, portanto, a perenização do esquema.

O vice-governador, Francisco Dornelles (PP), assumiu a chefia do Executivo. Em nota, Dornelles afirmou que manterá o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), firmado com o governo federal, e dará prosseguimento aos trabalhos de transição para o futuro governador, Wilson Witzel (PSC). Witzel disse que, assim que assumir, irá pedir auditoria de todos os contratos do governo.

Defesa

O advogado de Pezão, Flávio Mirza, não havia se posicionado até a publicação desta matéria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Estadão Conteúdo)

 

Serra e Alckmin e o Caixa 2

 

O Grupo CCR e o Ministério Público de São Paulo fecharam acordo de leniência no qual é revelado caixa 2 de pelo menos R$ 30 milhões para campanhas eleitorais de ex-governadores e deputados de São Paulo, do PSDB, PT, MDB, PTB e outras agremiações.

Pelo menos 15 políticos são citados, entre eles, os ex-governadores tucanos Geraldo Alckmin e José Serra, o deputado Campos Machado (PTB), Gilberto Kassab (ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do governo Temer) e a senadora Marta Suplicy (MDB-SP).A concessionária se dispôs a pagar multa de R$ 81 milhões.

Essa primeira etapa da investigação trata especificamente de caixa 2 eleitoral. A etapa inicial da colaboração indica o modus operandi do esquema - os repasses eram efetuados por meio de doleiros ou via subcontratados na forma de consultorias.

O próximo passo da investigação deverá abranger a área criminal - corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa.

A delação do operador Adir Assad foi o ponto de partida da investigação. A partir de agora, os ex-executivos da CCR farão novos depoimentos e entregarão mais provas. Até aqui eles já repassaram documentos que indicam a prática do caixa 2 - doações sem registro na Justiça Eleitoral.

O caixa 2 não teria provocado impacto nas tarifas de pedágio, nem dado prejuízo aos cofres públicos. Os recursos destinados a deputados e ex-governadores para suas campanhas teriam saído do lucro da CCR, disse um investigador. “A questão aí é com os acionistas”.

Sobre os políticos citados, um investigador que participou das negociações disse: “Vai de A a Z. Tudo que tiver de eleição nesse período está no acordo, até eleição de síndico de prédio tem lá”. Entre os beneficiários de recursos ilícitos de campanha há parlamentares com foro privilegiado no STF. (Estadão Conteúdo)

 

Governador do Rio é preso

 

A um mês do fim do mandato, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), foi preso nesta quinta-feira (29) pela Polícia Federal (PF), no Palácio Laranjeiras, sede do Governo. A ordem judicial é do ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro ao qual o governador está submetido. O vice-governador, Francisco Dornelles (PP), assumirá o governo.

O governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSC), divulgou nota garantindo que a transição de governo não será afetada. Além de Pezão e dos secretários estaduais Affonso Monnerat (Governo) e José Iran Peixoto Junior (Obras), foram presos Luiz Carlos Vidal Barroso - servidor da secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico; Marcelo Santos Amorim - sobrinho do governador; Cláudio Fernandes Vidal e Luiz Alberto Gomes Gonçalves - sócios da J.R.O Pavimentação; Luis Fernando Craveiro De Amorim e César Augusto Craveiro De Amorim - sócio da High Control Luis.

A prisão tem relação com fatos revelados no braço carioca da Operação Lava Jato. Pezão foi vice-governador na gestão Sérgio Cabral (MDB) entre 2007 e 2014. Cabral está preso desde novembro de 2016, condenado a mais de 180 anos de prisão. Em delação premiada, o operador financeiro Carlos Miranda afirmou que o governador do Rio Luiz Fernando Pezão (MDB) recebia propina em envelopes azuis.

“Além do pagamento mensal de R$ 150 mil, havia o pagamento de um 13º também no mesmo valor no final do ano; os recursos eram transportados em envelopes azuis para não chamar atenção”, declarou Miranda. “Os pagamentos começaram em março de 2007 e perduraram até março de 2014, quando Cabral saiu do governo", relatou.

"Os pagamentos foram religiosamente cumpridos; depois de Cabral sair do governo, os pagamentos inverteram; Pezão passou a enviar a Cabral R$ 400 mil mensais”. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que ele sucedeu o ex-governador Sérgio Cabral no comando da organização criminosa envolvida em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro dentro do governo estadual.

Em uma rara entrevista à imprensa, ela enfatizou, nesta quinta-feira (29), a necessidade de desmantelar organizações criminosas em todo o País e recuperar danos causados aos cofres públicos. A investigação da PGR descreve Pezão não só como sucessor de Cabral, mas como alguém que tinha seu próprio esquema criminoso.

Ele teria recebido R$ 25 milhões em valores históricos, segundo o procurador Leonardo de Freitas, do MPF do Rio. Os valores são oriundos, em parte, de uma mesada paga pelo operador de propinas de Sérgio Cabral e agora colaborador premiado, Carlos Miranda, e, em outra parte, de desvios de recursos públicos ligados ao setor de transporte. (Estadão Conteúdo)

 

Filho da governadora de Roraima está entre os presos

 

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (29) dez pessoas durante a Operação Escuridão que investiga um desvio de recursos públicos do sistema penitenciário de Roraima, em contratos fraudulentos que somam R$ 70 milhões. Entre os presos estão Guilherme Campos, filho da governadora Suely Campos (PP), detido em Brasília, e dois ex-secretários de Justiça e Cidadania, Ronan Marinho e Josué Filho, em Boa Vista.

O deputado estadual eleito Renan Filho (PRB) está foragido. Foram expedidos 11 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão em Boa Vista e Brasília, autorizados pelo Tribunal de Justiça de Roraima. Foram apreendidos carros de luxo, computadores, celulares, documentos e dinheiro.

Os envolvidos foram levados à sede da PF onde foram ouvidos e indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, fraude licitatória e peculato. A PF foi à casa da governadora, onde cumpriu mandado de busca e apreensão - ela não é investigada na ação. Policiais também foram à sede da empresa Qualigourmet, firma que cuida da alimentação no sistema prisional.

De acordo com a PF, o esquema de desvio de dinheiro aconteceu entre 2015 e 2017. A fraude foi descoberta após inquérito, de 2017, apurar irregularidades em contratos de fornecimento de alimentação para presídios. O esquema teve início com a contratação emergencial da empresa Qualigourmet, constituída oito dias antes.

Em 2018, a mesma empresa suspendeu entrega de comida alegando dívidas do governo. As investigações mostram que a empresa superfaturava o valor da comida, além de informar quantidade superior de refeições ao que era efetivamente entregue e de fornecer alimentos de baixa qualidade. (Da Redação, com informações do jornal rondonoticias.com.br)

 

Tráfico internacional de drogas

 

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quinta-feira (29) 21 pessoas durante operação em parceria com a Receita Federal. Os presos são suspeitos de envolvimento com tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Segundo a PF, a movimentação financeira clandestina somou R$ 1,4 bilhão nos últimos três anos. A investigação já rastreou cerca de 90 empresas de fachada e 70 pessoas empregadas como laranjas do grupo para operar a lavagem de dinheiro e operações de câmbio ilegais.

A ação, batizada de Planum, investiga o envio da cocaína da Bolívia para Rio Grande do Sul. No decorrer da investigação, a PF identificou que aviões partiam de Mato Grosso do Sul, onde pousavam em fazendas adquiridas pela quadrilha.

Posteriormente, a droga seguia por via rodoviária para outros Estados e permanecia em depósitos até ser despachada para a Europa por meio de portos brasileiros. São cumpridos 23 mandados de prisão e 40 endereços são alvos de mandados de busca e apreensão. A ação cumpre ordens judiciais para sequestro e bloqueio de imóveis, fazendas, aeronaves, embarcações, veículos e contas bancárias estimados em mais de R$ 25 milhões. (Estadão Conteúdo)

 

Detenção em Brasília

 

Os ex-secretários de Saúde do Distrito Federa, Rafael Barbosa e Elias Miziara, foram presos nesta quinta-feira (29) durante operação contra fraudes na pasta. Os dois chefiaram a secretaria durante a gestão de Agnelo Queiroz (PT). A estimativa do Ministério Público é de que o prejuízo tenha chegado a R$ 19 milhões em apenas um contrato. Ao chegar à Polícia Civil, Miziara afirmou que não sabia do que a operação se tratava. Barbosa não quis conversar com a reportagem na chegada à polícia.

Ao todo, são 12 mandados de prisão preventiva, de tempo indeterminado. Também são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. O grupo é investigado por peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação e organização criminosa.

Segundo as investigações do Ministério Público do DF, um grupo de empresas que fraudou licitações no Rio de Janeiro durante a gestão do ex-governador fluminense Sérgio Cabral (MDB) replicou o esquema no DF. A Secretaria de Saúde do DF foi alvo de um dos mandados de busca.

Em nota, a pasta disse que recebeu integrantes da polícia e do MP e informou que “está colaborando com a Operação Conexão Brasília, que investiga a aquisição de insumos no ano de 2013”. “A pasta frisa, ainda, que a transparência é uma das premissas dessa gestão e todas as informações solicitadas estão sendo repassadas”, completou.

Como funcionava - O inquérito aponta que a Secretaria de Saúde do DF aderiu a uma ata de registros de preços da secretaria do Rio de Janeiro para que uma empresa fornecesse órteses e próteses para o DF. Mas, segundo os investigadores, essa empresa fazia parte de um cartel de empresas fornecedoras de material hospitalar. Com isso, todos os preços eram combinados antes, e o pagamento de propina fazia parte de um esquema orquestrado pelo ex-governador fluminense Sérgio Cabral. A operação tem o nome de Conexão Brasília por ter paralelo com as apurações da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. A ação desta quinta ocorreu em parceria com a Polícia Civil do DF, que atuou com 105 agentes, 48 delegados, 10 peritos e 15 escrivães. (Da Redação, com informações do site G1)

 

Deu Linha Cruzada

 

Operação da Polícia Civil paulista cumpriu 35 mandados de prisão nesta quinta-feira (29) contra suspeitos de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e comandar o tráfico de drogas na zona leste da capital paulista. Entre os presos, Gilberto Ferreira, o Beto, é apontado como “pen-drive geral” e seria responsável por guardar o cadastro de todos os membros da facção no Brasil. No PCC, “pen-drive” é a denominação para quem exerce cargo semelhante ao de “recursos humanos”.

Beto foi pego em São Miguel Paulista. Lá, policiais do Departamento de Narcóticos (Denarc) encontraram livros de anotações e arquivos de computador, que seriam o “Livro Branco” e o “Livro Negro” do PCC, segundo as investigações. No primeiro, constaria nome, local, data de ingresso na facção e padrinhos de batismo (quem deu aval para entrada do novo integrante).

Já no segundo, haveria a lista de criminosos em débito. Agora será possível mapear toda a hierarquia funcional do PCC, incluindo as lideranças estaduais. “Não é o Livro Branco do Estado de São Paulo, é o Livro Branco do Brasil, de todos os Estados da Federação”, disse o delegado Alberto Pereira Matheus Junior, divisionário do Denarc. Também será possível saber o número exato de membros, segundo o delegado. “Hoje, o que temos é especulação‘, disse. "Será trabalho não só para o Denarc, mas para a Polícia Civil inteira”.

Batizada de Linha Cruzada, a ação teve oito meses de investigação e nasceu da Operação Campos Elísios 1, de maio de 2017, que desmontou a feira da droga na Cracolândia, no centro paulistano. No dia anterior, o Denarc já havia deflagrado a Operação Campos Elísios 2, para prender traficantes ‘pequenos‘ que vendem diretamente aos usuários. Desta vez, o objetivo era combater o ‘atacadão do crack‘: os fornecedores da droga.

O Denarc identificou oito células responsáveis por abastecer a Cracolândia. Dos mandados cumpridos, 14 pessoas já estavam na cadeia e as outras 21 nas ruas. Também houve prisões no Itaim Paulista, na zona leste, além de Guarulhos, Poá, Mogi das Cruzes e Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. (Estadão Conteúdo)

 

 

 

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