MP investiga loja de Flávio Bolsonaro
Senador Flávio Bolsonaro nega ter cometido qualquer tipo de crime. Crédito da foto: Pedro França / Agência Senado (26/2/2019)
O Ministério Público do Rio (MP-RJ) investiga se a compra de uma franquia da Kopenhagen pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e a movimentação financeira da loja foram usados para lavar dinheiro. Os promotores suspeitam que ao menos R$ 2,1 milhões possam ter sido “legalizados” com as duas frentes de negócio. O senador nega ter cometido qualquer tipo de crime.
Pelo menos R$ 500 mil teriam sido ocultos na aquisição da loja, em dezembro de 2014, e outros R$ 1,6 milhão foram movimentados na conta da empresa de forma suspeita. Esse dinheiro teria sido lançado como venda de chocolates, em dinheiro vivo, para dissimular a origem dos recursos, registram os autos. Parte do valor seria desviado do suposto esquema de “rachadinha” - recolhimento de parte dos salários dos assessores -- no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Para os investigadores, as quebras de sigilo evidenciaram “aportes de recursos em espécie na conta bancária da empresa de forma desproporcional ao seu faturamento” e indicaram conexão entre valores lançados como venda em dinheiro com datas de arrecadação dos salários de assessores do gabinete. (Estadão Conteúdo)