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Ministro do Turismo é exonerado para tomar posse como deputado

06 de Fevereiro de 2019 às 08:17

ministro do turismo O decreto não traz justificativas para a medida - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi exonerado do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro. O decreto com o desligamento do ministro foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (6), com data da véspera. De acordo com a assessoria da pasta, medida foi tomada para que o ministro tome posse do mandato de deputado federal nesta quarta-feira. Antônio, cujo nome de batismo é Marcelo Henrique Teixeira Dias, foi reeleito deputado federal pelo PSL de Minas Gerais no ano passado, com a maior votação do Estado: 230.008 votos.

Antônio está sob pressão desde segunda-feira (4), quando uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que ele supostamente participou de um esquema de lançamento de candidatas laranja com o objetivo de desviar recursos eleitorais do Fundo Partidário e beneficiar empresas relacionadas ao seu gabinete. Ele nega as acusações.

De acordo com a reportagem, quatro candidatas do PSL receberam R$ 279 mil do comando nacional do partido de Bolsonaro para suas campanhas. Elas ficaram entre as 20 candidaturas do partido que mais receberam recursos no País. Contudo, a baixa votação recebida por elas - menos de mil votos cada uma - indica a possibilidade de que tenham sido de fachada.

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Do montante recebido, R$ 85 mil foram usados para contratar serviços de quatro empresas de assessores, parentes ou sócios de assessores do atual ministro, diz a publicação. No Twitter, Álvaro atacou a reportagem e disse que o jornal tenta desestabilizar o governo.

"Hoje, sou o alvo de uma matéria que deturpa os fatos e traz denúncias vazias sobre nossa campanha em Minas Gerais. A distribuição do Fundo Partidário do PSL cumpriu rigorosamente o que determina a lei", escreveu o ministro, que ainda argumentou que as contratações feitas na sua campanha para a Câmara Federal "foram aprovadas pela justiça eleitoral".

No dia 1º, Bolsonaro exonerou temporariamente três ministros que possuem mandato na Câmara para que votassem na eleição à presidência da Casa: Onyx Lorenzoni (DEM-RS), da Casa Civil, Tereza Cristina (DEM-MS), da Agricultura, e Osmar Terra (MDB-RS), da Cidadania. Imediatamente após a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao comando da Câmara, os ministros foram reconduzidos a seus cargos. (Com informações de Letícia Fucuchima - Estadão Conteúdo)

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