Força-tarefa da Lava Jato no Rio acaba
O procurador-geral Augusto Aras. Crédito da foto: Rosinei Coutinho / STF
Como anunciado em dezembro pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, chegou ao fim, ontem, o prazo para integração da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) instituído no Ministério Público Federal (MPF) fluminense. A partir de hoje, o grupo de trabalho deixa de existir oficialmente como força-tarefa isolada, após quase cinco anos de trabalho, 55 operações abertas e 894 pessoas denunciadas.
Apesar da mudança formal, o Gaeco vai herdar o acervo da Lava Jato e também será comandado pelo procurador Eduardo El Hage, que coordenou o braço fluminense da operação. O período de transição para o novo modelo durou cerca de dois meses.
Referência no combate ao crime organizado nos Ministérios Públicos estaduais, os Gaecos começaram a ser implementados em nível federal no ano passado. A institucionalização do grupos anticrime faz parte da meta encampada pela gestão Aras de redesenhar o MPF, pondo fim às forças-tarefa. O procurador-geral já fez diversas críticas à Lava Jato, entrou em conflito com os métodos de investigação da operação e defende a necessidade de superar o “lavajatismo”.
A força-tarefa fluminense foi formada em 2016, a partir de investigação sobre desvios na Eletronuclear. (Estadão Conteúdo)