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Festas privadas desafiam proibições

13 de Fevereiro de 2021 às 00:01

Festas privadas desafiam proibições O Rio inaugurou um sistema de iluminação no sambódromo em homenagem às vítimas da Covid-19. Crédito da foto: Wilton Junior / Estadão Conteúdo

Com DJ, shows e pista de dança, festas privadas de Carnaval são marcadas em várias cidades do País, em meio à segunda onda da Covid-19. Os eventos escondem o local para evitar fiscalizações e há baladas que dizem funcionar como bar para afastar a suspeita de aglomeração. As informações sobre os eventos são divulgadas nas redes sociais, em aplicativos de mensagens ou por links secretos em plataformas de vendas.

A realização de eventos desse tipo é proibida em várias localidades e desaconselhada por autoridades de saúde, que temem aumento de infecções pela Covid-19, como ocorreu em janeiro depois de festas de réveillon e Natal em todo o País.

Um evento previsto para ontem no Rio era anunciado por uma dessas plataformas de venda de ingressos na internet, mas o local não era informado. “Em breve vamos informar o local para retirada das nossas blusas personalizadas”, diz a descrição da festa, que prometia seguir diretrizes para conter o coronavírus.

Em Belo Horizonte, uma festa de pagode e axé, chamada Premiere Folia, com quatro cantores e um DJ, foi marcada para este sábado. O ingresso pode ser comprado em uma plataforma de venda de tíquetes, mas o local não é revelado para evitar fiscalizações.

Em Vila Velha (ES), um evento privado anuncia três dias de festa, com música eletrônica. As informações sobre o evento são repassadas pelo WhatsApp e a venda é feita por sistemas de pagamento como Pix ou Picpay.

Por todo o País, há opções de festas para o carnaval, apesar de a folia ter sido oficialmente cancelada pelas prefeituras para conter a disseminação do coronavírus. Há também eventos em hotéis. No Novotel do Leme, no Rio, haverá até “baile de máscaras” com DJ, de acordo com um flyer divulgado nas redes sociais.

Operações

Ontem, a PM do Rio usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar um bloco clandestino de carnaval em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Em Magé, outra festa de rua foi interrompida com a chegada de PMs.

Na capital paulista, que cancelou oficialmente o Carnaval, a Polícia Militar deve reforçar as ações de fiscalização de estabelecimentos que descumprirem as normas. Um esquema especial, com 31 mil PMs, foi montado entre os dias 12 e 17, para ações no Estado. (Estadão Conteúdo)