Expectativa de vida das mulheres continua acima da dos homens
IBGE mostra que expectativa de vida no Brasil subiu 3 meses. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (29/8/2020)
A expectativa de vida do brasileiro subiu três meses em 2019, passando de 76,3 anos em 2018 anos para 76,6 anos, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados estão na Tábua Completa de Mortalidade de 2019, publicada no Diário Oficial da União (DOU). Nesse aumento, a composição entre homens e mulheres manteve a tendência histórica. A expectativa de vida ao nascer das mulheres foi maior, de 80,1 anos, ante 73,1 anos dos homens.
Historicamente, a diferença de expectativa de vida ao nascer entre mulheres e homens é explicada pela violência, já que eles têm mais chances de morrer de causas externas não naturais do que elas. Em 2019, um homem de 20 anos tinha 4,6 vezes mais chance de não chegar aos 25 anos do que uma mulher da mesma faixa etária, segundo o IBGE. A maior diferença está na faixa etária entre 15 e 34 anos. A partir dos 45 anos de idade, a “sobremortalidade masculina” fica abaixo de 2,0 vezes.
Na média nacional, a expectativa de vida de 76,6 anos foi 31,1 anos superior à registrada em 1940. Segundo o IBGE, em 1940, um indivíduo que completasse 50 anos de idade tinha uma expectativa de vida de mais 19,1 anos, vivendo em média 69,1 anos.
Mortalidade infantil
A Tábua Completa de Mortalidade de 2019 revelou também mais uma queda na mortalidade infantil, medida pela taxa de óbitos de menores de 5 anos por mil nascidos vivos. Em 2019, a taxa foi de 14,0 por mil, ante 14,4 por mil em 2018.
Segundo o IBGE, das crianças que vieram a falecer antes de completar 5 anos de idade, 85,6% teriam a chance de morrer ainda no primeiro ano de vida e 14,4%, de vir a falecer entre 1 e 4 anos de idade. Quando se considera a taxa de óbitos de menores de 1 ano por mil nascidos vivos, a mortalidade infantil de 2019 ficou em 11,9 por mil.
Apesar da forte queda ao longo dos anos, a taxa de mortalidade infantil do Brasil ainda está longe do verificado nos mais países desenvolvidos, conforme o IBGE. Japão e Finlândia, por exemplo, registraram taxas abaixo de 2 por mil (até 1 ano de idade) para o período de 2015-2020. (Estadão Conteúdo)