Buscar no Cruzeiro

Buscar

Entidades avaliam acessibilidade de plataformas para reuniões virtuais

12 de Dezembro de 2020 às 16:19

EUA acusam Google de concorrência desleal Crédito da foto: Fabrice Coffrini / AFP

Uma avaliação sobre acessibilidade das plataformas usadas para teleconferências, aulas e reuniões virtuais, junto a 64 usuários, feita em novembro deste ano, identificou que pode haver barreiras nas ferramentas que dificultem e limitem a participação de pessoas com deficiências auditivas e de visão nessas atividades. Para melhor compreensão é indicada mais mediação dos apresentadores.

“Sem a intervenção do apresentador para garantir a acessibilidade ao conteúdo, parte do grupo (lendo o conteúdo em texto e trocando mensagens por chat, pessoas com deficiência visual e auditiva podem ter problemas para participar e compreender o conteúdo da reunião”, descreve a Pesquisa sobre Acessibilidade das Ferramentas de Videoconferência em Plataforma Web, elaborada e publicada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR e pelo Centro de Estudos sobre Tecnologias Web.

De acordo com o estudo disponível na internet, “a compreensão do que acontece em uma reunião é o resultado mais difícil de se alcançar durante a participação de pessoas com deficiência em reuniões online. As pessoas com limitações visuais são as que mais encontraram barreiras de compreensão, seguidas pelas pessoas com deficiência auditiva”, diz o estudo.

Plataformas

Usuários entrevistados após o uso das plataformas relataram que “botões mal posicionados podem dificultar a navegação”, que, “apesar de serem essenciais para a compreensão do conteúdo em áudio por pessoas surdas, as legendas ainda funcionam de forma precária” e há ferramentas que “oferecem legenda somente em inglês” e que, quando há tradução, “algumas aplicações têm inconsistências” e exibem “rótulos de botões confusos.”

O estudo fez teste com uso das seguintes plataformas: Google Meet, ZoomMicrosoft TeamsJitsiWebEx e BigBlueButton. Em termos gerais, a pesquisa verificou que o desempenho dos usuários melhora com a familiaridade.

Além disso, “os resultados mostraram que as pessoas com limitações visuais e que usam leitor de tela para navegar na web são as que encontraram as maiores barreiras de uso de ferramentas de reuniões online. Por outro lado,  pessoas com limitações auditivas e que navegam na web sem áudio já encontraram maiores facilidades no uso das ferramentas.” (Agência Brasil)