Em reunião, Bolsonaro volta a criticar OMS
Crédito da foto: Evaristo SA/ AFP
Se a discussão sobre o novo coronavírus ficou à margem na polêmica reunião ministerial de 22 de abril, a pandemia foi o principal tema do encontro de ontem, no Palácio da Alvorada, que, desta vez, contou com transmissão ao vivo. O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a Organização Mundial da Saúde (OMS) ontem, por seu comportamento da pandemia. Ele disse que a entidade “parece mais um partido político”. ‘Temos de ser realistas, nós sabemos que não tem comprovação de nada. Até a hidroxicloroquina não tem comprovação A OMS voltou atrás, desaconselhou estudos e depois voltou atrás OMS é uma organização que está titubeando, parece mais um partido político”, afirmou Bolsonaro após reunião ministerial.
No encontro com os ministros, o presidente citou a resposta de uma integrante da Organização Mundial da Saúde (OMS), a diretora técnica Maria Van Kerkhove, que afirmou, na segunda-feira, que os pacientes assintomáticos do novo coronavírus não estão impulsionando a disseminação da Covid-19. Segundo ela, esses casos são raros. Para Bolsonaro, se o entendimento for comprovado poderá sinalizar uma “abertura mais rápida do comércio e a extinção de medidas restritivas”.
Porém, a OMS fez uma retificação e afirmou que a transmissão da Covid-19 está, sim, ocorrendo a partir de casos assintomáticos da doença, mas ainda não há conclusões sobre a proporção.
Bolsonaro disse que, após a pandemia, o Brasil deve avaliar a permanência na OMS. “A gente vai pensar se sai ou não, porque não transmite confiabilidade. Muita gente perdeu a vida porque ficou em casa, muita gente sente dor no peito e não foi para o hospital por medo do vírus e acabou enfartando e morrendo.” (Estadão Conteúdo)