Pacientes relatam como venceram o coronavírus
A estimativa é que ao menos 257,1 mil pessoas foram curadas da Covid-19 em todo mundo. Crédito da foto: Ina Fassbender / AFP
De uma forma ou de outra, todo mundo vai ter contato com o esse inimigo invisível e oculto, o novo coronavírus. Ele se espalhou pelos quatro cantos do planeta e provocou uma pandemia. Para muita gente, ele poderá passar rápido, provocando sintomas leves, situação que pode ser resolvida com tratamento caseiro. Mas, para cerca de 20% da população, a doença é motivo de internação hospitalar e até de uso de respiradores, hoje o equipamento mais escasso e que pode ser o fiel da balança da sobrevivência.
O novo coronavírus causou pelo menos 80.142 mortes em todo o mundo desde seu primeiro registro em dezembro, segundo um balanço da AFP com base em fontes oficiais, realizado na terça-feira (7). Desde o início da epidemia, mais de 139.718 contágios foram registrados em 192 países ou territórios. As autoridades consideram que até o momento, pelo menos 257.100 pessoas foram curadas.
A reportagem conversou com pessoas que foram diagnosticadas com o novo vírus e estão curadas ou em fase final do tratamento para a Covid-19. Entre os entrevistados estão aqueles que ficaram na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), como o jurista Ives Gandra Martins, de 85 anos, que, pela idade, pertence ao grupo de risco da Covid-19.
Também fazem parte do grupo de risco para o novo coronavírus pessoas com comorbidades, como complicações cardíacas, doenças pulmonares e renais. O vírus, no entanto, atinge a todos: pegou em cheio o prefeito de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Orlando Morando (PSDB), de 45 anos, com a saúde em dia. “Senti uma falta de ar asfixiante”, disse Morando à reportagem.
No grupo dos que fizeram tratamento em casa e não precisaram de internação estão a jornalista Monique Arruda, de 34 anos, e a técnica de enfermagem, Natália Leite, de 35 anos. Também se recuperou em casa o médico infectologista David Uip, que lidera o comitê de combate à doença em São Paulo.
Uip participou no começo da semana de uma entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes sobre o avanço da Covid-19 no Estado, após ficar vários dias afastado, em isolamento domiciliar, durante o tratamento para a doença.
Seja em casa ou no leito de uma UTI, o medo de morrer foi o traço comum dos depoimentos desses brasileiros que agora -- ao que tudo indica -- já estão imunizados contra o novo coronavírus. Para eles, a lição que ficou é de que a vida é muito frágil e a saída para superar esse momento é ouvir a ciência e ser solidário. Leia abaixo os depoimentos. (Márcia De Chiara e Paloma Cotes - Estadão Conteúdo)
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