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'É falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da Humanidade', diz Bolsonaro na ONU

24 de Setembro de 2019 às 11:29

Bolsonaro também criticou, indiretamente, a postura da França após a crise dos incêndios na Amazônia. Crédito da foto: Don Emmert / AFP (24/09/2019)

Atacado pelos incêndios na Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a soberania do território brasileiro em seu discurso inaugural da Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (24).

"É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a Amazônia, a nossa floresta, é o pulmão do mundo", afirmou.

"A Amazônia não está sendo devastada nem consumida pelo fogo como diz a imprensa mentirosamente", assegurou Bolsonaro em seu primeiro discurso na ONU.

Também criticou que, "valendo-se dessas falácias, um ou outro país (...) embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa e com espírito colonialista e questionaram aquilo que nos é mais sagrado: nossa soberania".

Usando camisetas verdes e exibindo um boneco gigante de Bolsonaro e um cartaz com os dizeres "Bolsonaro, uma ameaça à Terra", manifestantes protestaram em frente à ONU durante seu discurso.

"A Terra está queimando, a Amazônia está queimando, Bolsonaro é um mentiroso!", gritavam durante os protestos.

O presidente brasileiro, que defende a exploração comercial em áreas de preservação ambiental e indígena, costuma assegurar ao mundo que a situação na Amazônia está sob controle.

Mas o desmatamento dobrou na primeira metade do ano, e os incêndios - causados principalmente por agricultores e madeireiros - quase triplicaram em agosto em relação ao ano anterior, causando uma crise internacional.

O presidente francês, Emmanuel Macron, chegou a propor conceder à Amazônia um "status internacional", uma ideia que ultrajou Bolsonaro e que levou o presidente brasileiro a acusar o colega francês de querer restringir a soberania do Brasil.

Essa foi "uma proposta absurda", disse Bolsonaro na ONU. (AFP)

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