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Defesa de Queiroz alega questão de saúde e pede prisão domiciliar

20 de Junho de 2020 às 00:01

Defesa de Queiroz alega questão de saúde e pede prisão domiciliar Queiroz foi preso em Atibaia e levado para o Rio de Janeiro. Crédito da foto: Nelson Almeida / AFP

A defesa de Fabrício Queiroz, apontado pelo Ministério Público do Rio como “operador financeiro” do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) entrou com habeas corpus ontem. O advogado Paulo Emílio Catta Preta pede que ele vá para prisão domiciliar em razão de seu estado de saúde -- Queiroz se recupera de um câncer. A defesa também questiona a necessidade de mantê-lo preso sob o argumento de “ameaça às investigações”.

Preso anteontem em Atibaia, no interior de São Paulo, e transferido para o Rio no mesmo dia, Queiroz está isolado em uma cela de seis metros quadrados no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, onde ficará por 14 dias. O isolamento se deve ao protocolo de segurança para evitar a propagação do coronavírus. Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Queiroz “passa bem”.

Ao pedir a prisão preventiva, o MP do Rio solicitou à Justiça que encaminhasse Queiroz para Bangu, e não para o Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar do Rio. A Promotoria viu “risco iminente” de que Queiroz continuasse a praticar delitos se fosse custodiado no BEP.

Em agendas apreendidas na casa onde Queiroz foi preso havia anotações com nomes de “policiais militares e federais que, aparentemente, poderiam, em tese, facilitar sua vida” no presídio.

O juiz Flávio Nicolau, da 27ª Vara Criminal da Capital, levou em consideração os apontamentos da promotoria ao determinar o local do cumprimento da prisão.

Botto Maia

Luis Gustavo Botto Maia, advogado que também representa o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), é apontado pelo Ministério Público do Rio como elo que unia diversas atividades da organização criminosa supostamente liderada pelo parlamentar. Ele é acusado de obstrução da Justiça mediante adulteração de provas. Segundos os promotores, ele teria orientado.

Ele atuou como advogado do parlamentar na campanha eleitoral de 2018, sendo um dos responsáveis pela prestação de contas do senador na Justiça Eleitoral. (Estadão Conteúdo)