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Cinco capitais devem priorizar isolamento, alerta Ministério

10 de Abril de 2020 às 00:16

No Rio de Janeiro, uma das capitais em alerta, as ruas da favela da Rocinha foram lavadas. Crédito da foto: Carl de Souza / AFP

 

O Ministério da Saúde reforçou o alerta sobre a necessidade de isolamento social nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Manaus e Brasília. As cinco capitais registram os maiores índices de casos de contaminação e quadro vulnerável para expansão acelerada de casos e óbitos nas próximas semanas. Em todas elas, tem ocorrido afrouxamento das quarentenas, com aumento de circulação de pessoas nas ruas e abertura de comércios, apesar de decretos estaduais proibirem o funcionamento de boa parte das operações.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, disse que a expectativa de pico das contaminações continua a ser esperada para o fim de abril e o início de maio. “A previsão do pico continua a ser essa. Nesses locais que estão com sinal vermelho, com aumento considerável de casos, temos de dar a máxima atenção ao isolamento. Isso não significa manter todos os municípios do Estado com o mesmo comportamento, mas as cidades em situação mais crítica”, comentou, durante divulgação do boletim de saúde nesta quinta-feira (9).

Pelo terceiro dia consecutivo, o Brasil registrou novo recorde de mortes decorrentes do novo coronavírus em um único dia. De ontem para hoje, foram 141 óbitos. No total, são pelos menos 941 pessoas foram vítimas da doença no País.

Os Estados com maior número de casos são: São Paulo (7.480 e 496 mortos), Rio de Janeiro (2.216 e 122 mortos), Ceará (1.425 e 55 mortos), Amazonas (899 casos e 40 mortos) e Minas Gerais (655 casos e 15 mortos).

Se considerada as mortes registradas a cada 100 mil habitantes, os municípios mais afetados são: São Paulo (2,8), Fortaleza (1,5), Rio Negro e Solimões, no Amazonas (1,3), Franco da Rocha, em São Paulo (1,3), e Campo Mourão, no Paraná (1,2).

Máscaras da China

Com pressa pelo avanço da pandemia do novo coronavírus, o governo prepara uma “operação de guerra” para trazer, de forma mais rápida, as 240 milhões de máscaras que o Ministério da Saúde está comprando na China. Poderão ser contratados de 20 a 50 voos em aviões comerciais para buscar os produtos.

De acordo com fontes do governo, seriam necessárias de 15 a 20 aeronaves distintas para a operação que, em volume, é considerada a maior compra governamental do exterior da história -- são quatro mil metros cúbicos e 960 toneladas.

Outra opção seria usar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), mas a avaliação é de que as aeronaves da Força são menores e demandariam mais voos, o que custaria mais aos cofres públicos. (Estadão Conteúdo)