Caso João de Deus pode ter envolvimento de quatro funcionários
O médium nega os crimes - Crédito da foto: Cesar Itiberê/Fotos Públicas
A força-tarefa instituída pelo MP de Goiás para apurar as acusações de abuso sexual feitas contra o médium recebeu desde o dia 10, quando foi criado o e-mail para recebimento de denúncias de vítimas, um total de 330 mensagens e contatos por telefone. O e-mail específico para essa finalidade é o [email protected]. Os atendimentos são de denunciantes de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará e Santa Catarina.
A investigação instituída pelo procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto, é formada por cinco promotores e duas psicólogas da equipe do MP para integrarem a força-tarefa. O grupo é composto pelo promotor de Justiça Steve Gonçalves Vasconcelos, que está em substituição da Promotoria de Abadiânia, onde os fatos teriam, o coordenador adjunto do Centro de Apoio Operacional (CAO) Criminal do MP, Luciano Miranda Meireles e Paulo Eduardo Penna Prado; a coordenadora do CAO dos Direitos Humanos, Patrícia Otoni, e a promotora Gabriella de Queiroz Clementino, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As psicólogas são as servidoras Liliane Domingos Martins e Lícia Nery Fonseca.
O procurador-geral de Justiça também encaminhou no dia 11 um ofício circular aos procuradores-gerais de Justiça dos MPs Estaduais e do Distrito Federal solicitando que sejam designadas unidades de atendimento para coleta de depoimentos de possíveis vítimas do médium.
Pedido de prisão
A Justiça de Goiás determinou, nesta sexta-feira, 14, a prisão preventiva de João de Deus, suspeito de praticar abusos sexuais durante tratamentos espirituais, em Abadiânia, cidade goiana do entorno do Distrito Federal. A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública de Goiás, Irapuan Costa Júnior. Um dos advogados que compõem a defesa de João de Deus, Thales Jayme disse que foi informado sobre o mandado de prisão, mas não tinha recebido o documento até as 12h30. Ele declarou também que não conseguiu falar com médium nesta manhã. (Isabel Cristina, Especial para o Estado)