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Caminhoneiros fazem manifestação nas imediações do Porto de Santos

10 de Dezembro de 2018 às 13:10

O ato é um protesto contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Crédito da foto: Fabio Scremin (19/12/2017)

Nesta segunda-feira, 10, entre meia-noite e 8h, cerca de 20 motoristas de caminhão se concentraram na rotatória da avenida Augusto Barata, a chamada reta da Alemoa, entrada do Porto de Santos. A Polívia Militar e a Guarda Portuária foram ao local, mantiveram a regularidade do trânsito e não chegou a haver transtorno no fluxo de caminhões.

Pouco depois das 8h, os motoristas se retiraram da área e o fluxo permaneceu normal. "Não houve prejuízos ao trânsito, foi uma manifestação pacífica, e sem bloqueio", informa a assessoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

Na sexta-feira (7), caminhoneiros ameaçaram realizar paralisação depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, decidiu no dia anterior suspender a aplicação de multas, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), pelo descumprimento dos preços mínimos para serviços de frete rodoviário. As punições ficam suspensas até que o STF decida sobre a constitucionalidade do tabelamento, que os caminhoneiros preferem chamar de "piso mínimo".

'Não é hora de brincar com povo e com País', diz presidente da Fetrabens

A Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) não está participando dos protestos dos caminhoneiros, apesar de acompanhar a mobilização, disse ao Broadcast Agro (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o presidente da entidade, Norival de Almeida Silva Preto. "Estamos no fim de ano, em que as famílias saem de férias e viajam para descansar. Não podemos atrapalhar a sociedade e até mesmo a transição de um governo que está começando. Não é hora de brincar com o nosso povo e com o País", defendeu Silva Preto, que também preside o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) e é vice-presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA).

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"Para e por que esse movimento? Qual será o resultado para o Brasil? Respeito, mas, considero que é prejudicial ao nosso País", argumentou Silva Preto. Na avaliação da entidade, o momento é de aguardar o posicionamento do novo governo com a "credibilidade que foi concedida pela sociedade brasileira para a mudança".

Na opinião do presidente da Fetrabens, os caminhoneiros são os responsáveis pela aplicabilidade e funcionamento da tabela no momento de acordo do frete. "Nós temos de ser fiscais de nós mesmos e não carregar cargas abaixo do piso mínimo. É só exigir que a tabela seja cumprida, porque o peso e o cumprimento da lei ninguém tirou", acrescentou. No início da manhã desta segunda-feira (10), ocorreram manifestações na região de Barra Mansa (RJ) e no Porto de Santos.

CNT se posiciona contra greve de caminhoneiros e diz ser a favor do livre mercado

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nota nesta segunda-feira (10), na qual se posiciona contra a greve de caminhoneiros e reafirma seu compromisso a favor do livre mercado. Na nota, informa ainda que nada tem a ver com o Comando Nacional do Transporte, que estaria utilizando a mesma sigla da entidade.

Caminhoneiros que atuam na região de Barra Mansa (RJ) fazem nesta segunda uma manifestação no quilômetro 27 da Via Dutra. O ato é um protesto contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, de suspender a aplicação de multas pelo descumprimento da tabela dos preços mínimos de frete até que a corte decida pela constitucionalidade da fixação de pisos de preço para os serviços de transporte rodoviário. O movimento é, até o momento, pontual.

A maioria das lideranças ainda aguarda desdobramentos de medidas em discussão em Brasília. O movimento está dividido. Há grande insatisfação na base e líderes tentam conter uma radicalização. (Estadão Conteúdo)

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