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Buscas por vítimas da tragédia de Brumadinho prosseguem pelo 8º dia

01 de Fevereiro de 2019 às 11:42

Buscas por vítimas do desastre causado pelo rompimento da barragem continuam. Crédito da foto: Mauro Pimentel/ AFP

As buscas por vítimas do desastre causado pelo rompimento da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, continuam nesta sexta-feira (1º) pelo oitavo dia. O desastre é apontado por especialistas como a maior tragédia humana da história recente do país.

O balanço mais recente indica 110 mortos, 238 desaparecidos e 394 identificados. Dos mortos, 71 foram identificados por exames realizados pela Polícia Civil. Também há 108 desabrigados e seis pessoas hospitalizadas.

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Tragédia em Brumadinho

A Vale informou, há três dias, que a empresa vai acabar com dez barragens como a que se rompeu em Brumadinho. As barragens serão descomissionadas. Todas localizadas em Minas Gerais. Segundo a empresa, descomissionar significa preparar a barragem para integrá-la à natureza.

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Bloqueios

A Justiça do Trabalho autorizou um novo bloqueio de R$ 800 milhões da mineradora Vale, responsável pela barragem que se rompeu em Brumadinho. Na última segunda-feira (28), já haviam sido bloqueados R$ 800 milhões, valor correspondente a 50% do total pedido pelo Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT-MG). A Vale também teve bloqueados, em outras ações, R$ 11 bilhões.

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Medidas

Desde o desastre no último dia 25, a empresa anuncia medidas e faz reuniões com autoridades públicas federais e estaduais. Em encontro com procuradores em Brasília, o presidente da empresa, Fabio Schvartsman, disse que vai acelerar os acordos extrajudiciais.

Além disso, contratou o escritório de advocacia Skadden, Arps, Slate, Meagher e Flom LLP (Skadden) para auxiliar nas investigações das causas do acidente. O escritório trabalhará em conjunto com uma equipe de peritos para avaliar as causas do rompimento da barragem. “O escritório prestará assessoria à Vale em várias questões legais decorrentes do rompimento da Barragem 1, incluindo em relação a certas medidas que a companhia pode tomar em resposta ao rompimento”, informa a empresa em nota.

“Conforme o painel de peritos for executando seu trabalho e chegar a uma conclusão, o Skadden poderá fornecer uma orientação jurídica à companhia”, diz a nota. Paralelamente, a empresa ofereceu o pagamento de R$ 100 mil para cada família cujo parente morreu ou está desaparecido. O cadastramento dos parentes começou, mas muitos se queixam do método utilizado.

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Bolsa Família

O Ministério da Cidadania anunciou a antecipação do pagamento do Bolsa Família para os beneficiários do programa que vivem em Brumadinho. Com a medida, os beneficiários poderão sacar o dinheiro a que têm direito sem precisar seguir o calendário do programa. Atualmente, 1.506 famílias da cidade mineira estão inscritas no Bolsa Família

Buscas

As buscas por vítimas completam nesta sexta-feira (1º) oito dias. Um grupo de 136 militares de Israel desembarcou na região de Brumadinho para ajudar nas operações de resgate. De acordo com informações oficiais, a tropa israelense contribuiu na localização de 35 corpos. Trabalham no local militares do Corpo de Bombeiros, inclusive de outros estados, das Forças Armadas, Defesa Civil, Polícia Civil e Política Militar.

A delegacia de Brumadinho funciona 24h para atender familiares e receber ocorrências. Também está sendo providenciada uma equipe para atuar na expedição das identidades de parentes de familiares vitimados pelo rompimento da barragem.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, mais de 360 militares atuam na área com apoio de 15 aeronaves e 21 cães farejadores. Há ainda 66 voluntários, que atuam entre área seca e a inundada. Esses voluntários são pessoas com qualificação técnica. (Agência Brasil) 

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