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Brasil ultrapassa 40 mil mortes pela covid-19; SP é o Estado mais afetado

11 de Junho de 2020 às 14:06

Matéria atualizada às 2h27 (12/6/2020)

Movimentação no comércio da rua 25 de Março em São Paulo (SP), nesta quinta-feira (11). Medidas de prevenção contra a Covid-19, do novo coronavírus, são tomadas. Crédito da foto: Willian Moreira / Futura Press / Estadão Conteúdo

O Brasil ultrapassou as 40 mil mortes, segundo atualização do Ministério da Saúde divulgada no início da noite de ontem. O balanço apontou 1.240 novas mortes e 30.412 novos casos de Covid-19 nas últimas 24h. Com esses acréscimos às estatísticas, o País chegou a 40.919 falecimentos em função da pandemia do novo coronavírus e 802.828 pessoas infectadas. O país conta ainda com 416.314 pessoas em observação e 345.595 estão recuperados.

O balanço traz um aumento de 3,9% no número de casos em relação a quarta, quando o total estava em 772.416. Já as mortes aumentaram 3,1% em comparação com o dado de quarta, quando foram contabilizadas 39.680. A taxa de letalidade (número de mortes pela quantidade de casos confirmados) ficou em 5,1%. A taxa de mortalidade (falecimentos por 100.000 habitantes) foi de 19,5.

São Paulo continua como o estado mais afetado pela pandemia e ultrapassa a marca dos 10 mil óbitos pela doença (10.145 mortes e 162.520 casos, no total), enquanto o governo anuncia flexibilização da quarentena e retomada do comércio. Em seguida, estão o Rio de Janeiro (7.138 mortes e 74.373 casos) e o Ceará (4.562 mortes e 73.560 casos). O Brasil segue como o terceiro país do mundo com mais mortos pela covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido.

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os jornalistas dos seis meios de comunicação, que uniram forças para coletar junto às secretarias estaduais de Saúde e divulgar números totais de mortos e contaminados. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, o que ocorreu a partir da semana passada.

Com esse consórcio dos veículos de imprensa, o objetivo é informar os brasileiros sobre a evolução da covid-19 no País, cumprindo o papel de dar transparência aos dados públicos. Segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde no início da noite desta quarta-feira, 10, foram notificados no País em 24 horas novos 1.274 óbitos e 32.913 infectados.

SP é o estado com mais mortes

São Paulo ultrapassou nesta quinta-feira, 11, a marca de 10 mil mortos pelo novo coronavírus. De acordo com balanço divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, o Estado tem 10.145 mortos e 162.520 casos confirmados da doença. No balanço das últimas 24 horas, foram 283 novos óbitos e 6.204 novos casos confirmados.

Uma projeção feita na quarta-feira pelo próprio governo estima que esse número de mortes possa mais que dobrar e chegar a 22 mil até o final de junho. A projeção também aponta que o Estado pode ter, até o fim deste mês, entre 190 mil e 265 mil casos confirmados da doença. Esse cenário de números é feito com base em uma taxa de isolamento social de 50%. Mas a taxa vem ficando abaixo desse patamar no Estado. Na quarta, a capital paulista registrou 48% de isolamento e Estado esteve com a taxa de 46%. Em números absolutos, São Paulo é o Estado com maior quantidade de mortes e casos confirmados no País.

Reabertura parcial

Na quarta, 10, o governo prorrogou a quarentena no Estado até o dia 28 de junho. O novo modelo de quarentena prevê a reabertura econômica, ainda que com restrição, em diversas regiões do Estado. O Plano São Paulo classificou as regiões administrativas do Estado segundo cores entre vermelho, laranja, amarelo e verde, em que a primeira indica restrição total e a última, uma abertura quase que total da economia, de acordo com evolução da doença e a capacidade de resposta do Sistema Único de Saúde (SUS).

Pela atualização do plano divulgada na quarta, e que passa a valer na segunda-feira, 15, as cidades das regiões de Barretos, Ribeirão Preto e Presidente Prudente, no interior do Estado de São Paulo, terão de adotar regras mais rígidas por causa do aumento de casos de coronavírus. Essas regiões saíram da zona "amarela" e migram para a zona "vermelha" do Plano São Paulo.

Já as regiões da Grande São Paulo, da Baixada Santista e de Registro (no Vale do Ribeira), que concentram 26% da população do Estado, migraram da classificação "vermelha" para a "laranja" após redução do número de novos casos e aumento do número de leitos de internação. De acordo com o boletim desta quinta, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 77% na Grande São Paulo e de 69,4% no Estado. (Estadão Conteúdo)