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Brasil registra 396 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas

11 de Maio de 2020 às 21:25

Brasil registra 396 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas Mulher usa máscara facial no Rio de Janeiro. Crédito da foto: Mauro Pimentel / AFP (11/5/2020)

O Brasil registrou 396 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo atualização feita pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (11). Com isso, o total oficial de vítimas da Covid-19 no País subiu de 11.123 para 11 519.

O número de casos confirmados da doença saltou de 162.699 para 168.331. Foram 5.632 novos registros entre domingo e esta segunda-feira.

São Paulo é o Estado que apresenta os maiores números, com 3.743 óbitos decorrentes do novo coronavírus e 46.131 casos confirmados. Em segundo lugar, o Rio de Janeiro já contabiliza 1 770 óbitos em função da doença e 17.939 casos confirmados. Em seguida, vêm Ceará (1.189 óbitos, 17.599 casos confirmados), Pernambuco (1.087 óbitos, 13.768 casos confirmados) e Amazonas (1.035 óbitos, 12.919 casos confirmados).

Números

O governo ressalta que o número de mortes registradas nas últimas 24 horas não indica efetivamente quantas pessoas faleceram de um dia para o outro, mas sim o número de óbitos que tiveram o diagnóstico de coronavírus confirmado nesse intervalo. Mesmo assim, este número vem crescendo.

Apenas nos últimos sete dias, incluindo novos registros de segunda, 4 de maio, até domingo, 10, foram 4.098 novos registros de óbito por covid-19 no País. Especialistas apontam ainda que o número real de infectados e mortos pela doença deve ser maior que o indicado pelas estatísticas oficiais, uma vez que nem todos os casos chegam a ser testados.

Além disso, no Brasil, a epidemia tem assumido um perfil diferente do que outros lugares apresentaram. Conforme mostrou reportagem do Estado, pelo menos 45% das pessoas internadas no País por causa do novo coronavírus têm entre 20 e 59 anos.

Isolamento social

Segundo autoridades sanitárias, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o isolamento social é a "ferramenta" capaz de conter a disseminação rápida do vírus e assim evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde. Especialistas brasileiros também já apontam a necessidade do chamado 'lockdown' nos locais mais afetados, o que caracteriza o grau mais extremo do distanciamento social, no qual ele se torna obrigatório.

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Nesta segunda (11), os conselhos de saúde que representam Estados e municípios rejeitaram a nova diretriz do Ministério da Saúde sobre o distanciamento social, principal promessa de Nelson Teich ao assumir a pasta para rever a estratégia de combate a Covid-19.

A proposta de Teich levanta uma série de dados, como capacidade de atendimento, ocupação de leitos, e número de casos e óbitos. Cada item teria uma pontuação. Somados, mostrariam em que situação está cada local e qual intervenção específica é sugerida.

Isolamento

A medida, no entanto, gerou temor de que as diretrizes virassem arma para discurso contrário ao isolamento. Além de considerarem inoportuna a discussão, secretários também afirmam que seria inviável levantar os dados especificados, que mudam diariamente.

Teich se disse surpreso com a rejeição e disse que, no fim de semana, tratou do assunto com representantes dos conselhos e que houve consenso de que as medidas seriam anunciadas para balizar e orientar cada gestor local a tomar suas medidas.

Em coletiva de imprensa na tarde de hoje, o ministrou voltou a afirmar que não se trata de dizer se é melhor flexibilizar ou isolar certa população por causa da disseminação do novo coronavírus, mas sim de trabalhar sem "interesse pessoal", pela coletividade. (Estadão Conteúdo)