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Bolsonaro e Haddad se enfrentam no segundo turno

08 de Outubro de 2018 às 00:36

 

A disputa pela Presidência da República será decidida em votação de segundo turno entre o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, e Fernando Haddad, do PT. Bolsonaro obteve 46,04% dos votos válidos (48,9 milhões de votos), tendo saído vencedor em 16 Estados e no Distrito Federal. Hadad obteve 29,27% dos votos válidos (30,6 milhões votos) e seu desempenho no Nordeste impediu que a onda bolsonarista invadisse também a região, o que teria levado a uma definição da disputa já no primeiro turno. Ciro Gomes (PDT) conquistou 12,47% e terminou a disputa em terceiro lugar.

Bolsonaro ganhou na totalidade das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Sua votação foi acompanhada por um desempenho surpreendente de aliados e correligionários em eleições majoritárias estaduais. O candidato do PSL, que praticamente iniciou a campanha sem acordos partidários, conquistou na reta final do primeiro turno de bancadas de peso e deverá reunir condições de governabilidade caso venha a ser eleito. O filho do presidenciável, Eduardo Bolsonaro (PSL), bateu o recorde histórico de votos para a Câmara dos Deputados, com 1.751.748 votos ou 8,74% do eleitorado. Antes dele, era o ex-candidato à Presidência Enéas Carneiro.

Capitão foi o mais votado

Jair Bolsonaro (PSL) saiu das urnas como o mais votado na eleição de ontem, depois de se firmar como principal candidato do antipetismo na campanha de 2018. Fernando Haddad (PT), por sua vez, conquistou a segunda vaga graças à associação a seu partido e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

É a primeira vez desde a redemocratização que um defensor explícito da ditadura militar tem chances reais de ocupar o Palácio do Planalto. Com um discurso pró-religião, pró-armas e anti-PT, na terceira semana de campanha oficial, Bolsonaro ainda foi alvo de uma facada em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro. Passou por duas cirurgias e ficou 23 dias internado. O candidato foi também alvo da maior manifestação organizada por mulheres da história brasileira. Atos foram promovidos em torno do slogan “ele não” enquanto Bolsonaro subia nas pesquisas.

Outros candidatos

No total, o candidato do PSL ficou à frente em 17 Estados, e o petista, em nove. Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado na disputa, liderou a contagem de votos apenas no Ceará, Estado que governou de 90 a 94 e ontem lhe deu mais de 40% dos votos. Geraldo Alckmin (PSDB) obteve 4,76% dos votos, João Amoedo (Novo), 2,50%, Cabo Daciolo (Patriota), 1,26%, Henrique Meirelles (PMDB), 1,20%, Marina Silva, 1%, e Álvaro Dias (Podemos), tinha 0,80%. Guilherme Boulos (PSOL) alcançou 0,58% dos votos, Vera Lucia (PSTU), 0,05%, Eymael (DC), 0,04, e João Goulart Filho (PPL), 0,03%. Com 99,97% das apuradas, votos brancos somaram 2,65% e nulos 6,14%. (Estadão Conteúdo)

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