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Bolsonaro diz que irá este ano à China e que relação entre os países vai melhorar

08 de Março de 2019 às 12:27

Bolsonaro Boletim foi divulgado na tarde desta terça (5) pelo hospital - Foto: Marcos Correa/Presidência do Brasil

Em encontro com o embaixador da China, Yang Wanming, o presidente da República, Jair Bolsonaro, aceitou convite para fazer uma visita oficial ao país, principal parceiro comercial do Brasil, ainda este ano. Bolsonaro também falou ao embaixador que quer manter o "melhor relacionamento possível" com a China. A conversa ocorreu durante cerimônia de entrega de credenciais a embaixadores na manhã desta sexta-feira (8), no Palácio do Planalto.

Após o encontro, o presidente disse à imprensa que a relação entre Brasil e China "vai melhorar com toda a certeza". "Queremos nos aproximar do mundo todo, ampliar nossos negócios, abrir novas fronteiras e assim será o nosso governo. Essa foi a diretriz dada a todos os nossos ministros", declarou Bolsonaro em coletiva de imprensa.

O presidente afirmou que possui muitas viagens marcadas no primeiro semestre e que, "talvez", a viagem à China ocorra apenas no segundo semestre. O presidente já possui visitas programadas aos Estado Unidos, Chile e Israel. Outras viagens ainda não foram confirmadas.

O embaixador da China disse que saiu "muito satisfeito" do encontro com Bolsonaro e que sentiu que há intenção de ampliar as relações entre os países por parte de todos os integrantes da cúpula do governo. Ele reforçou que o Brasil é o principal parceiro comercial do seu país e que, com as mudanças políticas, iniciará agora uma nova etapa de relação bilateral.

Em outubro, ainda como candidato, Bolsonaro queixou-se de que a China "não está comprando no Brasil, ela está comprando o Brasil". Em novembro, após o pleito, a China fez um alerta a Bolsonaro sobre os riscos econômicos do Brasil seguir a linha do presidente Donald Trump e romper acordos comerciais com Pequim.

Em editorial publicado pelo jornal estatal China Daily, Bolsonaro foi descrito como "menos que amigável" em relação à China durante a campanha e foi advertido sobre o custo do eleito querer ser um "Trump tropical". (Por Julia Lindner - Estadão Conteúdo)