Bolsonaro ainda corre risco, mas chances de recuperação são muito boas, diz médico
Bolsonaro sofreu ataque em Minas Gerais. Crédito da foto: Arquivo/ AFP / Mauro Pimentel.
O médico Glaucio Souza, um dos cirurgiões que operou Jair Bolsonaro, afirmou à reportagem que o candidato do PSL ainda corre risco de vida, mas suas chances de recuperação são muito boas.
A seguir, a entrevista concedida por telefone logo após a cirurgia.
PERGUNTA - Que tipo de dano a facada causou ao candidato Jair Bolsonaro?
GLAUCIO SOUZA - Foi apenas uma facada, mas bem profunda, que, no seu trajeto, lesou várias partes do intestino e uma veia, que foi responsável pela queda de pressão. É uma veia do mesentério, que irriga o abdômen.
P - Qual era o estado do candidato quando ele chegou ao hospital?
GS - Ele chegou num estado muito grave, com a pressão baixa devido ao sangramento - um estado que chamamos de choque. Ou seja, a situação era gravíssima.
P - Qual foi o procedimento adotado?
GS - Ele passou por uma avaliação inicial médica e uma tomografia e, imediatamente, ao centro cirúrgico. O sangramento era interno.
Por isso que era impossível ver o sangue nos vídeos? Exatamente.
P - Houve alguma suspeita de lesão no fígado?
GS - Não. Isso foi boato.
P - Por que a equipe optou pela colostomia?
GS - Devido a gravidade da lesão, o intestino poderia infectar e causar vários danos para o paciente.
P - Qual é o prognóstico do candidato?
GS - Ele está numa situação grave e corre risco de vida, mas tem tudo para sair bem. O prognóstico é muito bom. A expectativa de recuperação é boa. Ele está consciente e já conversou com os filhos. A cirurgia foi muito bem-sucedida. (Folhapress/ Raquel Landim)