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Aumento de casos de coronavírus leva Paraná a estudar lockdown

15 de Junho de 2020 às 21:47

Aumento de casos de coronavírus leva Paraná a estudar lockdown Curitiba, capital do Paraná, tem 1.865 casos confirmados de Covid-19, com 83 óbitos. Crédito da Foto: Divulgação/PMC

Três semanas após flexibilizar medidas de restrição para controlar o coronavírus, o governo do Paraná estuda endurecer as regras novamente. A Secretaria de Estado da Saúde deve se manifestar ainda nesta semana sobre o funcionamento dos setores não essenciais.

Nos últimos 30 dias, o Paraná viu os casos confirmados de Covid-19 passarem de 2.139, em 15 de março, para 9.716 casos até esta segunda-feira (15). O salto foi de 354% em um mês. No mesmo período, o número de mortos aumentou 176% - de 121 para 334. Parte desse aumento foi atribuído à reabertura parcial de shoppings, centros comerciais e igrejas.

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"O número crescente dos casos de Covid-19 indica a necessidade de revisão", disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. Ele confirmou que os técnicos estudam a possibilidade de restrição total dos serviços não essenciais, o chamado lockdown.

A evolução do coronavírus no Estado é analisada com atenção na região oeste, onde a presença de clusters industriais e frigoríficos fez aumentar a incidência da doença. Em todo o Paraná, das 649 vagas exclusivas para Covid-19, 450 estão ocupadas (69%). No oeste do Estado, a taxa de ocupação é de 71%

Para o infectologista Bruno Almeida, que coordena a unidade de vigilância em saúde do Hospital de Clínicas de Curitiba, é preciso aumentar o número de exames antes de determinar o relaxamento das medidas de restrição de circulação.

Drama

Simone Louback, de 43 anos, viu o filho de 16 anos permanecer 41 dias internado na UTI. Alisson tem uma má-formação congênita na coluna. O adolescente superou uma parada cardiorrespiratória durante o período de internação e precisou ser submetido à hemodiálise porque os rins pararam de funcionar.

Simone vê com tristeza as aglomerações em regiões boêmias e turísticas de Curitiba aos fins de semana. "As pessoas levam na brincadeira porque não viveram a doença. Só se leva a sério quando tem alguém da família, ou amigo próximo, que precisou lutar para sobreviver." (Angelo Sfair - Estadão Conteúdo)