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Associação rebate BR Distribuidora e diz que nunca faltou biodiesel no Brasil

16 de Agosto de 2020 às 22:49

Associação rebate BR Distribuidora e diz que nunca faltou biodiesel no Brasil Entidade respondeu BR Distribuidora, que considerou acertada decisão de reduzir percentual de biodiesel no diesel. Crédito da foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas (9/11/16)

A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) reforçou que nunca faltou biodiesel no País para atender à demanda do mercado.

A nota da associação, divulgada na noite deste domingo (16), é uma resposta à BR Distribuidora, que considerou "acertada" a redução temporária do percentual do biodiesel no diesel e o reinício da etapa três do 75º Leilão de Biodiesel.

A decisão de redução é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com apoio do Ministério de Minas e Energia (MME). Com isso, o percentual do biodiesel no diesel iria de 12% para 10%.

Segundo a Aprobio, a capacidade instalada de biodiesel para o bimestre (agosto/setembro) é de 1,6 milhão de metros cúbicos.

Com o B10 (10% de mistura de biodiesel ao diesel), de acordo com a Aprobio, a demanda prevista para a etapa 3 do 75º Leilão de Biodiesel será de 1 milhão de metros cúbicos.

Demanda

A associação reafirmou que "tem plenas condições de atender à demanda do mercado com volume e qualidade" e que "o que está em questão não é a falta de biodiesel, e sim a não finalização do leilão, dando sequência de onde ele parou".

A Aprobio disse que a ANP estabeleceu um preço máximo de referência regional (PMR) abaixo do custo de produção, "ignorando a variação de preços e câmbio de referência para cálculo do PMR, a saber: soja à vista (+18,12%), sebo bovino (+26,87%) e dólar (+4,24%)".

Segundo a Aprobio, "mesmo alertada oficialmente pelos representantes do setor sobre os impactos desta condição na realização do leilão 75, a ANP desconsiderou essa posição.

Nessas condições, ainda conforme apontou a entidade, as empresas trabalham com margens negativas, o que torna o negócio inviável".

Leilão

Além disso, a Aprobio reforçou a importância da previsibilidade para que se fortaleça a Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio).

Além disso, a entidade reivindicou que se dê continuidade à Etapa 4 do 75º Leilão, que foi suspensa em 7 de agosto, "de modo a não causar maiores prejuízos às usinas".

O 75º leilão foi interrompido na terceira etapa pela ANP, que ainda não sinalizou quando será retomado. Até essa fase, já haviam sido negociados 1.166.420 metros cúbicos do biocombustível, informa a nota da BR distribuidora. (Da Redação, com informações da Agência Estado)