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Área técnica da Anvisa recomenda aprovação do uso emergencial da Coronavac e de Oxford

17 de Janeiro de 2021 às 13:51

A liberação do uso emergencial das duas vacinas estão sendo analisadas pela Anvisa neste domingo. Crédito da foto: AFP.

A área técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou neste domingo, 17, a aprovação do uso emergencial da Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, que será distribuída no Brasil pelo Instituto Butantã.

A área técnica também recomendou a aprovação do uso emergencial de 2 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a covid-19 que o governo federal ainda tenta importar da Índia.

Os cinco diretores da agência ainda vão votar neste domingo se aprovam o uso das vacinas. A área técnica recomendou ainda o monitoramento das "incertezas e reavaliação periódica" dos dados das vacinas. A Anvisa já marcou uma inspeção de "boas práticas clínicas", em 25 de janeiro, para avaliar dados pendentes sobre as vacinas.

O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, listou algumas "incertezas" sobre as vacinas, mas disse que recomenda o uso devido à pandemia, aumento de casos e ausência de terapia contra a covid-19. Ele afirmou, porém, que os dados entregues pelo Butantã não permitem avaliar a eficácia e segurança da vacina no longo prazo, e sobre o poder do imunizante para proteger idosos.

Além disso, os dados não permitem conclusões sobre "desfechos secundários" da vacina, como a proteção de casos leves (que exigem ida ao médico) e graves e moderados (que podem levar à internação).

A eficácia geral da vacina Coronavac é de 50,39%, segundo a Anvisa. O Butantã ainda aponta redução de 78% de casos leves, mas a agência afirma que não há dados para essa alegação.

O uso emergencial das vacinas pode ser autorizado mesmo com estudos em andamento. A premissa é de que o risco-benefício seja favorável.

A Anvisa ainda decide beste domingo se libera o uso emergencial de 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford/AstraZeneca, que o governo tenta importar da Índia. (Estadão Conteúdo)