Alerj deve votar impeachment de Wilson Witzel em duas semanas
Governador afastado também pretende recorrer da decisão que o tirou do cargo. Crédito da foto: Philippe Lima/Governo do Estado do Rio de Janeiro (12/08/20)
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, vai precisar se defender do processo de afastamento na Assembleia Legislativa do Estado.
A defesa de Witzel deve acontecer ao mesmo tempo em que ele recorre da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que o afastou do mandato.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a retomada do processo de impeachment, que estava paralisado por liminar de Dias Toffoli.
Com isso, a previsão do presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), é de que o relatório seja votado em cerca de duas semanas pelo plenário.
A comissão especial que analisa o afastamento deve concluí-lo até 10 de setembro, considerando o prazo dado a Witzel para apresentar sua defesa.
Colegiado
Além da comissão do impeachment, um outro colegiado especial foi formado para analisar as suspeitas de desvios na Saúde durante a pandemia.
Presidida pela deputada e pré-candidata à Prefeitura Martha Rocha (PDT), essa comissão também encaminhará documentos que devem embasar o impeachment.
Ceciliano e o relator da comissão, Rodrigo Bacellar (SD), também são citados na delação premiada do ex-secretário de Saúde Edmar Santos.
Segundo Santos, os dois teriam participado, no ano passado, do desvio de duodécimos da Alerj para o Fundo Estadual de Saúde.
No esquema, o dinheiro voltaria aos deputados por meio de repasses para prefeituras. Ceciliano e Bacellar negam as acusações. (Da Redação, com informações da Agência Estado)