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Lula recorre à ONU e ao STF para continuar em campanha

03 de Setembro de 2018 às 21:48

Apoiadores do ex-presidente em uma vigília em Curitiba em 31 de agosto. Crédito da foto: AFP/ Heuler Andrey

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorrerá à ONU e ao Supremo Tribunal Federal (STF) da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que invalidou sua candidatura às eleições de outubro, informou nesta segunda-feira seu companheiro de chapa, Fernando Haddad.

Os recursos serão acompanhados de pedidos de medidas cautelares, que suspendam a aplicação da sentença proferida na sexta-feira pelo TSE, explicou Haddad, após visitar Lula na prisão de Curitiba onde ele cumpre a pena de 12 anos e um mês da prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

"Hoje nós expusemos ao presidente Lula todas as possibilidades jurídicas que estão à mão, à disposição dele; e ele tomou a decisão, por meio de seus advogados, em primeiro lugar de peticionar junto à ONU pra que se manifeste sobre a decisão das autoridades eleitorais em relação à determinação da ONU de que sua candidatura fosse registrada", disse Haddad a jornalistas ao fim do encontro.

Lula decidiu também "peticionar junto ao Supremo Tribunal Federal", acrescentou Haddad.

O TSE invalidou a candidatura do ex-presidente justificando a aplicação da lei "Ficha Limpa", que impede que um condenado em segunda instância se candidate a cargos eleitorais.

O TSE deu ao PT o prazo de até 12 de setembro para que encontre um substituto para candidato a presidente e proibiu o partido de realizar atos de campanha por Lula.

Haddad explicou que os pedidos de medidas cautelares apontam que "não há necessidade de substituí-lo [Lula] no prazo de dez dias atribuído pelo TSE".

Lula lidera amplamente as intenções de voto, enquanto Haddad, seu possível substituto, é pouco conhecido como liderança nacional.

A decisão do TSE foi adotada por uma maioria de seis votos a favor e um contra. (AFP)

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