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VW Gol e Voyage ganham câmbio automático

29 de Julho de 2018 às 11:32

O VW Voyage ganhou retoques visuais - DIVULGAÇÃO

O câmbio automático, definitivamente, passou a fazer parte do sonho de consumo do brasileiro. Comum principalmente nos Estados Unidos há décadas, o consumidor local demorou um pouco para perceber o conforto e as facilidades que uma caixa automática oferece. Prova disso é que a Volkswagen do Brasil acaba de lançar versões de seus dois carros de entrada – o Gol, no segmento hatchback e Voyage, no segmento dos sedãs compactos – com um câmbio automático convencional de seis velocidades. Dias antes, havia lançado o hatch Polo e o sedã Virtus, com motor 1.6l MSI com a mesma caixa, fabricada pela Aisin, empresa que vem fornecendo transmissões para várias montadoras. O Gol e o Voyage já tiveram como opcional uma transmissão automatizada, a IMotion, hoje praticamente fora de linha. O câmbio automatizado nada mais é que um câmbio manual convencional com assistência eletro-hidráulica para mudança de marchas sem uso de embreagem. O automático, com conversor de torque, é a transmissão mais aceita atualmente no mercado e casa muito bem com os motores produzidos pela marca no Brasil.

Quem conhece um pouco da história da indústria automobilística brasileira sabe que o consumidor local sempre teve algumas resistências a modernidades ou tecnologias amplamente aceitas no exterior. Enquanto o mundo todo usava veículos com quatro portas pela obvia comodidade para entrar e sair do carro, aqui ficamos décadas preferindo veículos com duas portas. Houve, durante um breve período, certa resistência à direção hidráulica e até ao ar-condicionado que, para muitos, elevava excessivamente o consumo de combustível. Com o câmbio automático foi a mesma coisa. Só agora a maioria dos consumidores se adaptou a essa modernidade, principalmente nos carros de entrada. Segundo a Volkswagen, em 2017 40% de todos os veículos vendidos no Brasil tinham transmissão automática. Em 2020, 60% dos modelos vendidos terão esse equipamento.

Para lançar o Gol e Voyage com o novo câmbio a marca realizou pequenas alterações estéticas nos modelos, basicamente na grade do radiador, nos faróis, que agora são de dupla parábola, lanternas e rodas. O capô ficou mais elevado. Os dois modelos continuam sendo vendidos com motor 1.0 (agora com três cilindros, 84 cv) e com motor 1.6l (104 cv). Os modelos com câmbio automático são sempre equipados com o propulsor 1.6l da família EA211, que rende até 120 cv de potência, o mesmo utilizado no Polo e Virtus MSI. As novas configurações com transmissão automática chegam não só para atender ao mercado, como pessoas com deficiência (PCD) que tem isenções fiscais para comprar um carro zero quilômetro.

No test-drive de lançamento dos modelos foi possível perceber que motor e câmbio se encaixaram muito bem. Os carros, relativamente leves, ficaram muito ágeis com o câmbio automático. A potência máxima do motor 1.6 MSI é de 130 cv com etanol e 110 com gasolina a 5.750 rpm. O torque é de 16,8 kgfm com etanol e 15,8 com gasolina, ambos a 4.000 rpm. O Gol, com esse motor e câmbio acelera de 0 a 100 km/h em 10,1 segundos e atinge velocidade máxima de 185 km/h segundo o fabricante. O Voyage, com o mesmo conjunto, acelera de 0 a 100 km/h em 10,2 segundos e atinge 190 km/h de velocidade máxima (etanol). O consumo também foi beneficiado. O Voyage avaliado por mais de 150 km com uso predominantemente rodoviário fez a ótima média de 15 km/l abastecido com gasolina.

Os carros saem de fábrica com direção hidráulica, ar-condicionado, banco do motorista com ajuste de altura e suporte de celular integrado ao painel. Como itens de segurança de série, Gol e Voyage 2019 têm freios ABS de última geração com distribuição eletrônica de frenagem EBD), dois airbags obrigatórios, três apoios de cabeça no banco traseiro e sistema ESS, Sinal de Frenagem de Emergência.

O Gol MSI automático 2019 custa R$ 54.580 e o Voyage R$ 59.990. Fora os itens básicos, os demais equipamentos só são acessíveis por meio de pacotes de opcionais. O pacote “Urban Completo”, que custa R$ 3.000, acrescenta aos modelos itens visuais e funcionais como rodas de liga leve de 15”, alarme keyless, chave tipo “canivete”, retrovisores e maçanetas pintados na cor do veículo, grade do radiador pintada em preto ninja e espelhos retrovisores externos com ajuste elétrico, função tilt down (lado direito) e luzes indicadoras de direção integradas. A função tilt down ajuda nas manobras de estacionamento, pois mostra o meio-fio. Completam esse pacote o sensor de estacionamento traseiro, vidros elétricos traseiros e dianteiros, travamento elétrico das portas, para-sol com espelho iluminado, faróis duplos, farol de neblina, luzes de leitura dianteiras, alças de segurança no teto e coluna de direção com ajuste de altura e distância. Há outros opcionais acessíveis pelo pacote “Interatividade Composition Touch” que traz sistema de Infotainment com quatro alto-falantes e dois tweeters, computador de bordo e volante multifuncional. O sistema Discover Media, que permite conectividade com smartphones também é opcional. Essa pobreza de equipamentos de série parece que está virando uma tendência entre os modelos de entrada. A linha Ka, da Ford, lançada semana passada, até as cores são cobradas. De fábrica e sem taxa extra, só uma cor. Ou seja, os carros vêm com o básico, o restante é opcional.

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