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Saúde masculina: o que todo homem precisa saber sobre disfunção erétil, testosterona e opções de tratamento

30 de Outubro de 2025 às 17:32
Senhor Tanquinho [email protected]
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De acordo com especialistas em andrologia e saúde sexual masculina, a função sexual é um espelho da saúde global do homem. Ao longo das décadas, o tema deixou de ser tabu e passou a fazer parte da medicina preventiva. Hoje, sabe-se que fatores hormonais, vasculares e psicológicos estão intimamente ligados ao desempenho e à qualidade de vida masculina. 

Falar sobre saúde masculina ainda é, para muitos homens, um desafio. No consultório, os sintomas costumam ser relatados com atraso, quando o desconforto físico ou o impacto emocional já se tornaram significativos. A boa notícia é que, à medida que o tema ganha espaço, cresce também o entendimento de que cuidar da função sexual e hormonal é cuidar da saúde integral — do metabolismo, do sono, da energia e da autoestima. 

A partir dos 50 anos, a prevalência de disfunção erétil e deficiência de testosterona aumenta de forma expressiva. Estudos estimam que metade dos homens nessa faixa etária apresente algum grau de dificuldade erétil. Ainda assim, apenas uma minoria procura avaliação médica adequada. Segundo especialistas, isso se deve à combinação de tabu, desinformação e um falso senso de normalidade frente ao envelhecimento. 

O mecanismo da ereção é complexo e depende da ação coordenada do sistema nervoso, dos vasos sanguíneos e dos hormônios. Qualquer falha nessa comunicação pode gerar dificuldade para alcançar ou manter a rigidez adequada. Entre as causas mais comuns estão fatores vasculares, metabólicos e hormonais — mas também há componentes psicológicos e comportamentais envolvidos. 

Depois dos 50 anos, as doenças crônicas como hipertensão, diabetes e dislipidemia tendem a reduzir a elasticidade dos vasos e o fluxo sanguíneo peniano. Além disso, a diminuição gradual da testosterona, que ocorre naturalmente, contribui para a queda de libido e da resposta erétil. 

“O primeiro passo é entender se a disfunção tem origem vascular, hormonal, emocional ou uma combinação delas”, explica o urologista Dr. Pedro Bastos, especialista em andrologia e cirurgia urológica. “Isso muda completamente o direcionamento do tratamento e evita que o paciente perca tempo com soluções genéricas.” 

Entre os homens com testosterona abaixo de 300 ng/dL e sintomas compatíveis — como fadiga, baixa libido e irritabilidade — o diagnóstico de hipogonadismo deve ser considerado. A conduta nesses casos não é adiar o tratamento em troca apenas de ajustes de estilo de vida. 

“Quando o paciente tem níveis baixos e sintomas claros, a reposição deve ser iniciada junto das mudanças de rotina, não depois delas”, explica o médico. “Os hábitos saudáveis são coadjuvantes, mas o tratamento principal precisa corrigir o déficit hormonal para que o corpo volte a funcionar de forma normal.” 

A terapia de reposição de testosterona (TRT) pode ser feita por diferentes vias: géis transdérmicos, injeções intramusculares de ação prolongada ou implantes subcutâneos. O acompanhamento é obrigatório: inclui avaliações periódicas de hematócrito, PSA e função

hepática. 

Os tratamentos para disfunção erétil seguem uma sequência terapêutica. A primeira linha são os inibidores de fosfodiesterase tipo 5 (PDE5) — como sildenafil e tadalafil. Quando o uso isolado não é suficiente, podem ser usadas terapias injetáveis intracavernosas. Em casos refratários, a prótese peniana é uma opção definitiva, com alto índice de satisfação entre os pacientes. 

“As próteses penianas têm alto índice de satisfação quando bem indicadas”, observa Dr. Bastos. “Elas não devem ser vistas como último recurso, mas como uma opção definitiva para quem não responde às terapias convencionais.” 

A ejaculação precoce é o distúrbio sexual mais comum em homens com menos de 40 anos. Pode ser primária, quando presente desde o início da vida sexual, ou secundária, quando surge após um período de controle satisfatório. O tratamento envolve terapia psicossocial associada a medidas farmacológicas. 

O estilo de vida tem impacto direto na saúde sexual. A obesidade, o consumo excessivo de álcool, o tabagismo e o sedentarismo são fatores de risco conhecidos. Uma alimentação equilibrada, sono adequado e exercícios físicos regulares ajudam a otimizar a testosterona e melhorar o desempenho. 

A saúde sexual não depende apenas da urologia. Endocrinologistas, psicólogos, fisioterapeutas pélvicos e cardiologistas podem fazer parte do tratamento conforme o caso. Essa integração garante uma abordagem completa e melhora o resultado a longo prazo. 

A disfunção sexual tem impacto direto sobre a autoestima, a vida conjugal e o bem-estar emocional. Por isso, o tratamento deve incluir também acolhimento emocional e diálogo aberto com o paciente e a parceira. O sucesso terapêutico é maior quando há confiança e adesão. 

A automedicação com hormônios ou estimulantes é perigosa e pode causar infertilidade, hipertrofia prostática e até eventos cardiovasculares. O acompanhamento médico é o único caminho seguro e eficaz. 

Mais do que um problema físico, a disfunção sexual é um tema de saúde pública. Campanhas educativas ajudam a quebrar o tabu e a levar o homem ao consultório antes que o quadro avance. A saúde sexual é parte da saúde global — e merece a mesma atenção que qualquer outro aspecto do corpo. 

A disfunção erétil e a deficiência hormonal não são sentenças inevitáveis do envelhecimento. São condições tratáveis, desde que abordadas de forma integrada e supervisionada. O homem que entende isso passa a ver o tratamento não como sinal de fragilidade, mas como investimento em qualidade de vida e longevidade. 

Para saber mais sobre consultas e atendimento, acesse Dr. Pedro Bastos Urologista em Juiz de Fora.