Quais são os riscos de tomar medicamentos por conta própria?
A automedicação pode colocar a saúde em risco, mascarar doenças mais graves e prejudicar diversos tratamentos. Antes de comprar um remédio para aquela dor estranha ou indisposição frequente, que tal consultar um médico?

Não raramente, muitas pessoas possuem o hábito da automedicação, sempre que aquela dorzinha estranha ou uma indisposição aparecem de surpresa. Em alguns casos, é fato que aquele comprimidinho resolve momentaneamente.
Contudo, se a razão da dor ou da indisposição for outra, o fato de o comprimido ter ajudado a amenizar a situação só mascara o real quadro clínico do paciente.
Com o tempo, a importação de medicamentos tornou mais acessível o consumo de remédios por boa parte da população, bem como o consumo de tarjas que podem ser comercializadas apenas sob prescrição médica, mas, na prática, nem sempre é com a seriedade necessária.
Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), 77% da população brasileira possui o hábito de se automedicar ao menos uma vez por mês. A informação faz parte de uma pesquisa que o Conselho encomendou na intenção de conscientizar a importância de se procurar sempre o médico em primeiro lugar.
Outro detalhe importante que o estudo revela é que muitos pacientes que geralmente vão ao médico para uma consulta não seguem as prescrições médicas, tampouco as recomendações das bulas dos remédios, medicando-se de forma perigosa.
Quais são os riscos da automedicação
Existe um ditado que diz: “De médico e técnico de futebol, todo mundo tem um pouco”. No entanto, é preciso que as pessoas parem com o hábito de se autodiagnosticarem sem passar pela opinião clínica de um profissional da saúde.
Quando o paciente se automedica, ou seja, seleciona o tipo e a forma de usar de cada remédio por conta própria, conforme “lê no Google”, passa por uma série de riscos que não percebe.
- Risco de reações adversas ao medicamento;
- Uso de uma dosagem incorreta e perigosa;
- Escolha incorreta do medicamento e consequentes reações;
- Risco de dependência e abusos;
- Reações alérgicas;
- Resistência a antibióticos;
- Risco de desenvolver uma doença grave, sem acompanhamento médico.
Intoxicação
Segundo o Ministério da Saúde, os remédios mais consumidos na automedicação são os analgésicos e anti-inflamatórios, pois proporcionam alívio da febre e da dor.
Quais são os riscos de quem utiliza tais medicamentos sem consultar um médico?
O risco de desenvolver problemas mais graves, tais como dengue, zika e Covid-19, que, embora tenham sintomas semelhantes aos de uma gripe, causam complicações muito mais sérias à saúde.
Também há problemas de intoxicação, causados por reações gástricas, ou que podem levar a quadros clínicos mais severos em pacientes com hipertensão e problemas cardíacos.
Já os remédios antitérmicos podem ocasionar reações alérgicas, enquanto os famosos descongestionantes nasais, provocar taquicardia, elevação da pressão arterial e até rinite medicamentosa.
Afinal, pode ou não pode se automedicar?
Não, não pode. Como vimos, cada medicamento, por mais simples que pareça, tem reações e consequências a médio e longo prazos para a saúde.
Por isso a importância de um médico acompanhar sempre de perto seus pacientes, para que os sintomas sejam tratados sem que outras doenças se desenvolvam ocultamente ou mesmo haja o risco de reações, dependências e outros males.
Isso vale para jovens, adultos e principalmente idosos, que, acostumados com a prescrições de outros parentes ou amigos, evitam ir ao médico ou hospital para terem um atendimento mais adequado.
Os problemas de um paciente jamais serão iguais aos de outro. Cada organismo possui mecanismos de defesa distintos e formas diversas de reagir a tratamentos e doenças.
Por isso, um médico é sempre a melhor receita para uma cura mais rápida.