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Treino do Exército Brasileiro

02 de Agosto de 2022 às 16:23
Senhor Tanquinho [email protected]
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Fazer parte do Exército Brasileiro traz algumas obrigações que vão muito além de usar coturno e manter alinhado o tradicional corte militar. Pensando em manter o bom condicionamento físico de seus integrantes, o EB impõe uma rotina de cerca de 1 hora e 30 minutos de atividades físicas cinco vezes na semana, o chamado Treinamento Físico Militar (TFM).

Este é o momento em que os militares dedicam um tempo de seu expediente ao cuidado com a saúde e a manutenção do biótipo exigido pela profissão, uma preocupação expressada pelo Exército Brasileiro desde 1919, quando inaugurou a Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), conhecida por ser referência no estudo e aprimoramento de técnicas para um melhor condicionamento físico.

O TFM é desenvolvido de forma compatível com o gênero e a idade do militar e, para avaliar o desempenho e a evolução do mesmo, três vezes ao ano é realizado o TAF, o Teste de Aptidão Física, onde são avaliadas as capacidades respiratória e muscular de cada indivíduo, além dos índices em relação ao teste realizado anteriormente.

Alguns exercícios são considerados fundamentais e indispensáveis para a prática do Treinamento Físico Militar. Conheça os principais exercícios realizados pelos militares durante o TFM.

Corrida Contínua ou Caminhada

Um dos principais exercícios físicos desenvolvidos pelos militares é a corrida contínua ou caminhada. Nela, os indivíduos correm, ou caminham, de acordo em seu próprio ritmo, sozinhos ou em pequenos grupos, sempre priorizando as individualidades biológicas de cada um, ou seja, quando executada em grupo, o ritmo é definido de acordo com o militar de condição física mais baixa, de forma que todos tenham capacidade de acompanhar a prática sem ficar para trás.

Treinamento Intervalado Aeróbio

Este exercício visa melhorar o condicionamento cardiopulmonar do militar através de estímulos de corrida que variam da intensidade média para forte com intervalos de recuperação. A intenção é que, intercalando entre estímulos e recuperações, se evite que a fadiga seja alcançada.

Geralmente, a distância a ser percorrida pelo militar em cara tiro de estímulo gira em torno de 400 metros.

Flexão de Braços

Um dos exercícios mais conhecidos e difundidos no meio militar, a flexão de braços consiste em um exercício de ginástica básica. Nele, o militar deve assumir a posição com as mãos apoiadas no chão e os braços com abertura na largura exata dos ombros.

Com os braços esticados enquanto pernas, quadril e costas estão alinhados, o indivíduo então flexiona os braços, descendo em direção ao solo de forma que seus cotovelos ultrapassem a linha das costas. Em seguida, estica os braços novamente, retornando à posição inicial.

Sugado

Como o próprio nome entrega, este exercício exige muito do indivíduo, mas em contrapartida, oferece um excelente condicionamento físico. Para realiza-lo, o militar deverá estar em pé, na posição de sentido. Em seguida, deverá ser feito o movimento de um agachamento, porém, ao invés de retornar à posição inicial, o militar apoiará as mãos no chão, esticará as pernas e realizará uma flexão de braços.

Feito este movimento, deve-se então irá retornar para a posição de agachamento e, logo em seguida, voltar à posição inicial, em pé.

Polichinelo

Excelente exercício para elevar o moral da tropa, o polichinelo geralmente é realizado em grupo e contagem é feita por todos. Na posição de sentido, com pernas fechadas e braços estendidos ao lado do corpo, o militar deverá dar um salto abrindo as pernas na largura dos ombros ao mesmo tempo em que abre os braços e bate uma palma acima da cabeça.

O movimento é concluído quando o indivíduo fecha as pernas e retorna os braços para a lateral do corpo, voltando à posição inicial.

Flexão na Barra Fixa

Pendurado em uma barra fixa com as mãos pronadas, ou seja, com as palmas viradas para a frente, o militar deverá flexionar os braços de forma de que seu queixo ultrapasse a linha da barra e seu corpo suba em linha reta, sem utilizar qualquer impulso além da força dos braços para isso.

Logo em seguida, o indivíduo deve esticar novamente os braços, retornando à posição inicial pendurado na barra.

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O artigo acima é uma colaboração de Lane Mello.