Forever 21 está à beira da falência nos EUA
Foto: Andrey Rudakov/Reuters
Por Julia Rolim
Muito está sendo comentado sobre a suposta falência da Forever 21, mas nem sempre as fontes espalham a informação correta (alô, fake news!). Então, entenda melhor este caso:
A loja Forever 21, grande rede de fast fashion conhecida pelas roupas modernas com precinhos baixos, estaria preparando documentos para entrar com pedido de falência somente nos Estados Unidos, de acordo com o site da Bloomberg, veículo respeitadíssimo focado no mercado financeiro. Representantes da marca preferiram não dar declarações sobre o caso.
Segundo fontes anônimas, a empresa já não estava muito bem há um tempo (desde 2016) e vinha buscando novas formas de ganhar dinheiro como, por exemplo, encontrar novos investidores, porém não tiveram o sucesso esperado.
Foto: Wikimedia Commons/Reprodução
O pedido de falência pode ajudar a empresa a se livrar das lojas não rentáveis e a recapitalizar seus negócios. Porém, essa atitude pode ser problemática para os proprietários de shopping centers dos EUA, já que a Forever 21 é uma das suas maiores "inquilinas". No cenário atual, em que várias lojas têm deixado os centros comerciais, se a fast fashion fechar muitas lojas, estes shoppings podem ter problemas para preencher estas vagas.
No entanto, isso não significa que a marca vá fechar as portas de vez. Mas grandes mudanças são esperadas caso consigam mudar esse caminho. Quem sabe encontrar uma outra maneira de reorganizar as contas, fechar algumas lojas que não geram lucro e por fim recuperar os lucros.
Foto: Getty Images
Um dos grandes motivos que teriam levado a Forever 21 a chegar neste ponto crítico, é pela falta de qualidade das suas roupas. Pagando um pouquinho a mais, os consumidores da H&M e da Zara (suas concorrentes diretas), conseguem peças de melhor qualidade.
Além disso, o modelo de negócios que a empresa vem levando há anos (o que propõe a frequente rotatividade de estoque, por isso o nome "fast fashion"), já não é mais tão atrativo à geração dos millennials e à geração Z (principais clientes). Tudo isso porque estes consumidores estão cada vez mais preocupados em comprar marcas com práticas mais sustentáveis, gerando uma cultura de consumo consciente.
Chega a ser assustador, mas a indústria têxtil só perde para a petrolífera no ranking das que mais poluem!
Foto: PETA/Reprodução/Divulgação
Um pouco mais sobre a marca:
Fundada em 1984, a Forever 21 opera mais de 800 lojas nos EUA, Europa, Ásia e América Latina, e inclusive no Brasil, que possui lojas desde 2014. Em 2017, seu faturamento foi de cerca de 3,4 bilhões de dólares (cerca de 14,15 bilhões de reais). E a empresa emprega mais de 30.000 trabalhadores - de acordo com dados recentes coletados pela revista Forbes.
Foto: Scott Mlyn/CNBC
O que acha dessa atitude da Forever 21? O que você faria no lugar dela?
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