Modelos plus size exigem menos preconceito na London Fashion Week
Na semana passada iniciou-se a Semana de Moda de Londres e, como forma de buscar por mais representatividade nos desfiles, a marca Simply Be convocou um time de modelos plus size para que se posicionassem contra o preconceito, que infelizmente ainda existe nas passarelas, sobre os diferentes tipos de corpos femininos.
Mulheres de diversos tamanhos, cores de pele e tipos de cabelo foram às ruas da capital britânica, com cartazes nas mãos, destacando frases de poder. Além disso, elas também subiram e posaram em frente a um ônibus com a seguinte frase escrita: "Aqui, assumindo o mundo. O nosso caminho".
Assim como as frases de emponderamento vista no veículo e nas plaquinhas, as mensagens destacam toda a indignação referente a esse tipo de preconceito, e o real objetivo desta manifestação é exigir mais destaque para as pessoas gordas no mundo fashion.
"A moda não deveria nos envergonhar", "Ela deveria nos empoderar", "Nossa beleza é imensurável" e "Eu sou mais que minhas medidas" foram algumas das citações.
É claro que esse tipo de manifestação é importante para mostrar ao mundo a indignação dos tipos de corpos na moda, mas isso não deveria ser "o mínimo" que a indústria da moda deveria fazer?
Gostaria de levantar uma discussão à este problema... Muitas marcas hoje estão se destacando e chamando a atenção por criar peças "maiores" - como foi o exemplo da Nike, que no começo do mês anunciou a nova grade de tamanhos, em sua linha de treino e corrida, que vão do XS até o 3X. Porém, você também não acha que essas peças em tamanhos diversos deveriam ser obrigatórios à qualquer marca que venda roupas para PESSOAS?
Acredito que a marca que lança uma linha ou uma coleção com numerações maiores, ela não está apenas se diversificando, ela está fazendo o mínimo que uma empresa deveria fazer. Todas deveriam fazer isso.
Mas todos nós sabemos que, infelizmente, não é assim que a indústria funciona...
Aliás, também gostaria de destacar que a Simply Be é especializada em roupas de tamanhos maiores. Além de acessórios e peças casuais, como blusas, vestidos, jeans e saias, a marca também oferece roupas íntimas, que costumam ser muito difíceis de encontrar.
Outra coisa bacana é que, logo na página inicial do site, eles informam que as entregas são feitas para todos os países do mundo, com a opção de comprar diretamente na moeda correspondente ao local onde você mora – ou seja, é possível comprar em reais.
Incrível, né?
O que achou do protesto? Você também concorda com a indignação das modelos?
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