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Tietê: Dia da Consciência Negra tem Batuque de Umbigada e Abayomis

19 de Novembro de 2018 às 15:14

Manifestações culturais africanas como Batuque de Umbigada, bonecas Abayomis, danças circulares e capoeira são os destaques das comemorações do Dia da Consciência Negra, nesta terça-feira (20), em Tietê. O evento organizado pela Prefeitura acontece a partir das 15h, no Salão Nobre e nos espaços vizinhos ao Paço Municipal.

De acordo com a Secretaria Municipal de Governo e Coordenação, organizadora das festividades, o objetivo é levar a Popular a refletir sobre a importância da cultura e da história do negro no Brasil. Neste dia, no ano de 1695, morreu Zumbi dos Palmares, um símbolo da resistência à escravidão. “Queremos valorizar as raízes da cultura afro-brasileira e combater qualquer tipo de preconceito”, enfatiza a Administração Municipal.

A programação tem início com apresentação dos alunos da EMEB Professora Carlina Alves Lima, seguido de uma oficina de bonecas Abayomi coordenada pela artista Ligia Aparecida Bonifácio.

A partir das 18 horas haverá apresentação de Batuque de Umbigada, dança circular orientada pela focalizadora Ivonete Campos e demonstração de capoeira. Essas três atividades acontecem em frente ao Paço Municipal. As comemoraçõees são encerradas com homenagem ao Mestre Herculano, falecido em março deste ano, e à sua esposa, Iraci Marçal.

 

Abayomis Bonecas feitas de tiras retiradas das saias não têm costuras nem detalhes nos rostos (REPRODUÇÃO)

Místicas Abayomis

Para acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros – navio de pequeno porte que realizava o transporte de escravos entre África e Brasil – as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias e a partir deles criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de proteção. As bonecas, símbolo de resistência, ficaram conhecidas como Abayomi, termo que significa ‘Encontro precioso’, em Iorubá, uma das maiores etnias do continente africano cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa do Marfim.

Sem costura alguma (apenas nós ou tranças), as bonecas não possuem demarcação de olho, nariz nem boca, isso para favorecer o reconhecimento das múltiplas etnias africanas.

 

Batuque de Umbigo Comum em todo o Brasil durante séculos, Batuque de Umbigada está desaparecendo (REPRODUÇÃO)

Batuque de Umbigada

Batuque de Umbigada é uma manifestação cultural caracterizada pelo som do tambú (instrumento musical moldado em fogueira, a partir de um toco oco de árvore), com danças com conotação espiritual e com letras, poemas, modas que apresentam representações existenciais.

De acordo com a tradição, os escravos adultos e ágeis dançavam com mais desenvoltura do que os jovens. Como, geralmente, estes usavam roupas velhas, elas ficavam curtas e apertadas, deixando-os sempre com o umbigo a mostra. Esta é uma explicação para a denominação da dança. Além disso, um dos movimentos inclui o contato dos umbigos do par de dançarinos.

 

Dança Circular Assim como povos antigos de todos os continentes, africanos têm danças circulares (REPRODUÇÃO)

Dança Circular Africana

A dança circular sagrada – também chamada dança de roda – é uma prática que reúne vários tipos de danças tradicionais folclóricas de diferentes locais do globo. A forma do círculo tem uma grande importância na África, simbolizando a Grande Mãe. Em todas as regiões do continente são vistas danças de roda.

 

Capoeira Mistura de dança, luta e música, capoeira resiste como expressão cultural africana (REPRODUÇÃO)

Capoeira

É uma expressão cultural que mistura luta, dança, cultura popular e música. Desenvolvida por escravos africanos trazidos ao Brasil e seus descendentes, é caracterizada por movimentos ágeis e complexos, utilizando os pés, as mãos e elementos ginástico-acrobáticos. Uma característica que a distingue de outras lutas é o fato de ser acompanhada por música.

A palavra capoeira tem alguns significados, um dos quais refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. Foi sugerido que a capoeira obtivesse o nome a partir dos locais que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata.

SERVIÇO – O Paço Municipal de Tietê está localizado na Praça Dr. José Augusto Corrêa, no Centro. Mais informações põem ser obtidas pelo telefone (15) 3285-8755 ou no portal oficial do município.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Tietê.

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